Desde quando assumiu o governo do Estado do Pará, Helder Barbalho vem imprimindo um ritmo intenso de visitações, andanças e vistorias em diversos municípios. Em três semanas de sua gestão, o governador já esteve em mais de uma dezena de municipalidades paraenses, mais do que o seu antecessor em anos como governador.
Tudo é muito bem organizado e pensado. A cada municipalidade visitada, existe uma pauta específica, quase sempre uma grande obra do governo passado que está abandonada. Tal medida tem efeito positivo em diversas frentes: primeiro mostra que o governador está em movimento; segundo as atuais condições que a nova gestão está assumindo a máquina pública e terceiro um comparativo entre o presente e o futuro.
Algumas atitudes do atual mandatário estadual são elogiáveis. O comparecimento ao enterro de um policial militar e ter recebido um outro no hangar do Estado, em decorrência do militar ter se envolvido em um acidente ao perseguir suspeitos, ocasionando a perda de um de seus membros inferiores amputado. O caso ocorreu em Parauapebas. O governador além de ter recebido o militar, determinou que o Estado custeie todo o tratamento, além da prótese que substituirá o membro amputado.
Só que essa acertada estratégia de partida tem validade. Ou seja, de nada adiantará manter esse tipo de ação, se a presença do governador não trouxer obras e serviços. Se resumirá a uma retórica de embate político.
Se em curto prazo a máquina estatal não estiver funcionando, ou seja, promovendo obras e ações pelo território paraense, essas ações descritas ficarão marcadas pelo marketing político, e só. Como dito em outro texto, ao novo governador não falta testosterona, que transforma-se em ação e vontade. Mas de nada adiantará sem as ações concretas. A quarentena ainda existe, mas tem prazo de validade. E Helder sabe disso.