A “bala de prata” de Helder Barbalho em Belém

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No dia 11 de janeiro de 2017, portanto, há quase um ano, foi apresentado para a sociedade belenense o projeto “Belém Porto Futuro”, do Governo Federal. O projeto consiste diretamente na valorização de duas áreas. Uma é a antiga residência de Miramar, onde a população terá acesso ao Museu de Gastronomia Paraense, além de um Mirante Contemplativo, que apresentará uma nova imagem da cidade.

Já a outra área será a região portuária de Belém, que promoverá a integração do porto com a cidade a partir da criação de um novo pátio de contêineres e píeres para recepcionar moradores e visitantes. O local contará com a criação de um grande parque urbano banhado por um lago contemplativo, que vai abrigar uma praça infantil, área de convivência, área para animais de estimação, central de apoio, espaço saúde e praça de alimentação. A região terá ainda uma Feira Livre, Mercado Municipal, Centro Cultural Paraense, Museu de Arte Moderna, Museu do Círio, escritórios e um amplo estacionamento.

Essa ação tem como finalidade promover politicamente o nome do Ministro da Integração Nacional Helder Barbalho em Belém e em sua região metropolitana. A campanha ao governo do Pará, em 2014, mostrou claramente o alto índice de rejeição que o ministro paraense de Temer possui na região. A resistência ao seu nome e projeto político custou-lhe o Palácio dos Despachos. Os números finais do processo eleitoral, divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), confirmaram a lógica e o que os estrategistas e marqueteiros políticos sabiam: a RMB decidiria a disputa, neste caso, desfavoravelmente ao Barbalho.

Pensando nisso, Helder sabe que terá que drenar investimentos de sua pomposa pasta para Belém e seus municípios vizinhos. Sua maior estratégia eleitoral será a de diminuir a sua rejeição na região mais densamente povoada do território paraense.  Ele sabe que as regiões sul, sudeste e oeste do Pará lhe são favoráveis eleitoralmente (levando em consideração o resultado das urnas em 2014, e que deverá se repetir).

O pré-candidato ao governo indicado por Simão Jatene, o presidente da Alepa, Márcio Miranda (DEM), ainda é desconhecido nas regiões mais afastadas da capital. Não carrega e nem carregará o nível de rejeição do atual governador tucano, mas terá muita dificuldade em crescer ao ponto de ultrapassar a margem de indicação de voto de Helder.

O ministro da Integração Nacional terá quatro meses de intensa agenda de investimentos em solo paraense, antes que se desincompatibilize em abril, no prazo máximo dado pela Justiça Eleitoral. Belém e suas redondezas estão na mira de Helder. Ontem (5) ele assinou a ordem de serviço para a elaboração dos projetos básico e executivo para revitalização da área retroportuária, que têm prazo de um ano para ficarem prontos. Mais de R$ 31 milhões da Secretaria Nacional de Desenvolvimento Regional já estão garantidos no orçamento de 2018. A expectativa é de que as obras comecem em abril.

Portanto, em termo de importância, o projeto “Belém Porto Futuro”, se configura como a “bala de prata” de Helder Barbalho no maior colégio eleitoral paraense. Será a obra conseguirá atender a sua maior estratégia para a região: a diminuição do seu alto índice de rejeição?

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