No último final de semana, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) realizou em Brasília sua convenção partidária, que elegeu o prefeito de Recife, João Campos, o novo presidente nacional da legenda. O fato é bastante simbólico, pois o seu avô, Miguel Arrais, seu pai, Eduardo Campos, presidiram presidiram o partido.
Apesar do PSB ter o vice-presidente da República, Campos é a maior expressão politica do partido. Deverá se eleger governador de Pernambuco no próximo ano. Está sendo preparado para futuramente ser o principal nome da centro-esquerda, sucedendo Lula.
Como esperado, em seu discurso, Campos reafirmou a parceria com o mandatário nacional, reforçando a continuidade da chapa presidencial que venceu a última eleição, ou seja, que Geraldo Alckmin continue como vice-presidente. Essa questão ainda não foi definida pelo petista. Há diversos processos que rondam essa questão, dentre eles, a relação com a base aliada. Diversos partidos se movimentam para reivindicar a cadeira que hoje é ocupada pelo ex-governador paulista. O PSB sabe disso, por isso, o evento foi em momento oportuno.
Essa questão também está ligada diretamente ao tabuleiro político-eleitoral paraense, pois envolve o governador Helder Barbalho, que se movimenta dentro do MDB para compor a chapa presidencial de reeleição de Lula. Há um embate com Geraldo Alckmin, não só pela disputa da cadeira, mas também porque o ex-tucano se tornou o principal padrinho político de um ex-aliado, e hoje adversário do emedebista: Daniel Santos, prefeito de Ananindeua, que recebeu o comando do partido no Pará.
Apesar de ser bolsonarista enrustido, Santos foi ao evento que teve como estrela principal o presidente Lula. Se prevalecer o nome de Alckmin na chapa de reeleição presidencial, restará ao atual mandatário paraense se lançar ao Senado. Por enquanto, nada definido, todavia, o desenrolar da disputa merece um acompanhamento atento.
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