A disputa pelo governo do Pará e os “balões de ensaio”

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O mais novo acontecimento na seara política paraense se deu neste último fim de semana. Mais precisamente em uma nota no canto esquerdo do jornal O Liberal. No referido espaço estava de forma direta o anúncio da possível candidatura de Rômulo Maiorana Júnior (conhecido popularmente como Rominho) ao governo do Pará, em 2018). A pretensão política do diretor-presidente das Organizações Rômulo Maiorana (ORM) não é algo inédito, como parece ser.

Na nota, a justificativa foi que o empresário “acha que é a hora de pôr o seu nome à aprovação da população paraense, como empresário vitorioso que é, para fazer frente a tantos anos de corrupção e bandidagem no Estado do Pará”. Conforme pesquisado no blog do jornalista Lúcio Flávio Pinto, Rômulo Maiorana Jr, tentou carreira política em 1983 ao cargo de prefeito de Belém, não obtendo êxito na empreitada.

Em 2002, por exemplo, a mesma notícia já havia vinculada no principal veículo impresso da família. À época, havia a disputa pelo Palácio dos Despachos e o ex-governador Almir Gabriel havia lançado o então desconhecido secretário de produção, Simão Jatene para sucedê-lo no comando do Executivo paraense. Não concordando com a indicação e por pura pressão, Rominho mandou avisar aos quatro cantos do Pará a sua pré-candidatura ao governo e, talvez, ao Senado Federal.

Meses após o anúncio, tudo não passou de blefe. O velho “balão de ensaio” muito recorrente na política estava posto. Agora, quase duas décadas depois, o processo se repete. Da mesma forma, com personagens diferentes, o chefe do maior grupo de comunicação paraense lança o seu nome como pré-candidato.

O que levou Rômulo Maiorana a tomar – novamente – tal decisão? Qual interesse em se lançar a tal pretensão política? O que levou a deixar de fazer política através do PSDB e buscar de forma direta manter seus interesses?

Neste contexto o fortalecimento do nome de Helder Barbalho e a indefinição de quem irá suceder a Jatene, podem ser os combustíveis principais desta decisão, ainda em âmbito inicial, sem a certeza de sua manutenção, a exemplo de 2002. Mas a possibilidade, mesmo com forte tendência especulativa, fomenta o debate e esquenta o processo de disputa eleitoral pelo Palácio dos Despachos que se aproxima.

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