A divisão do Pará entra na disputa eleitoral de Parauapebas

Demorou para que a tão debatida e sempre recorrente divisão territorial do Pará, entrasse, de fato, na disputa pela prefeitura de Parauapebas. Nas últimas peças publicitárias nos horários eleitorais de Darci e Valmir, ambos através de seus apoiadores em nível estadual e federal, abordaram a polêmica questão do desdobramento territorial do segundo maior ente federativo brasileiro.

Valmir acusa o ex-prefeito Darci, seu principal adversário, de ter como apoio, sustentação política a família Barbalho, na figura de Helder Barbalho, ministro de Estado, que comanda a poderosa pasta da Integração Nacional (Orçamento de 6 bilhões de reais em 2015, com a complementação de mais dois para o ano corrente, portanto, chegando a oito) de ser o seu principal mentor político em Parauapebas e que a referida família estaria de olho no poderoso cofre municipal. Em contrapartida a essa acusação, o ex-prefeito, afirma que a parceria com Helder, colocaria a “capital do minério” na rota dos investimentos federais, algo que não acontece atualmente.

Já a campanha do “15”, acusa o atual prefeito Valmir de compor o grupo da política estadual, liderada pelo governador Simão Jatene que virou as costas para o sudeste do Pará, especialmente Parauapebas. O que sinceramente, não deixa de ser verdade. O atual orçamento do governo do Pará, a região de Carajás teve o seu montante de recursos reduzidos, assim como o oeste paraense. Enquanto a RMB (Região Metropolitana de Belém, continua a receber mais).

Não por acaso que os marqueteiros da campanha do atual prefeito não fazem menção ao governador em nenhuma peça publicitária. Sabem que a rejeição ao mandatário estadual é enorme. Não por acaso que Simão perdeu na esmagadora maioria das cidades do sudeste paraense na eleição de 2014. Jatene ainda paga alto pela sua posição pública de ser contra a criação dos estados de Carajás e Tapajós, sudeste e oeste paraense, respectivamente.

Sem a presença do governador, mas o referido mandatário da política paraense, enviou o seu staff publicitário à Parauapebas. A “capital do minério” é estratégica para as eleições de 2018. Por isso os dois maiores grupos políticos do Pará, brigam fortemente para controlar um orçamento bilionário de uma das prefeituras mais desejadas do norte do Brasil. Resta saber quem vai ganhar esse grande e importante espaço político e futuro eleitoral. Façam suas apostas. Depois alguns ainda dizem inocentemente que a política do sopé da cordilheira de ferro não sofre ou não tem influência de fora, de Belém. Pura inocência ou desconhecimento político.

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