A dura realidade de ser governado por Darci Lermen

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Cheguei em Parauapebas ao fim de 2014. Naquele momento, transição de ano, o governo do ex-prefeito Valmir Mariano completava dois anos, ou seja, metade do seu tempo de mandato. A cidade vivia um ritmo intenso de obras, pautada na infraestrutura urbana com intuito de promover um salto significativo na mobilidade urbana.

No plano político, o referido governo era um desastre, tanto que, meses depois haveria uma grave crise com o Poder Legislativo que quase culminou com a perda de mandato do prefeito. Pois bem, toda essa retrospectiva teve como objetivo situar o leitor para o processo cronológico, e para deixar registrado o tempo de vivencia deste blogueiro na Capital do Minério. Portanto, nunca havia vivido “in loco” um governo Darci Lermen, que antes de minha chegada já havia governado por duas vezes Parauapebas.

No processo dialético diário, sempre ouvir que as gestões Lermen tiveram altos e baixos. Um primeiro mandato elogiável e um segundo que apagou o que foi feito no primeiro. E que, no geral o período anterior de Darci como prefeito foi regular, nada além disso.

Hoje e pelo período de estadia, vivo a gestão Lermen. Até aqui foram dois anos quase perdidos para Parauapebas. O que se fez até o momento foi o básico, nada além disso, como leve destaque ao processo de implementação do parque de iluminação pública por LED na cidade. Isso com um orçamento somado nesse biênio que ultrapassou R$ 2 bilhões.

Agora se propaga aos quatro cantos da cidade que os próximos dois anos serão de muitas realizações por parte do Poder Executivo. A gestão municipal irá transformar Parauapebas em um canteiro de obras, com o carro-chefe sendo o Projeto de Saneamento Ambiental, Macrodrenagem e Recuperação de Igarapés e Margens do Rio Parauapebas (Prosap), que segundo informações será o maior gerador de emprego e renda no município.

Darci Lermen parece inaugurar um nova modalidade gerencial: mandato de dois anos. Ou seja, procura-se promover um ritmo intenso de realizações para que se possa neutralizar o marasmo do mesmo período anterior. Resta saber se essa estratégia ruinosa para o município terá a capacidade de garantir a reeleição do mandatário municipal? Portanto, se as promessas pelos próximos 24 meses se concretizarem pode-se comemorar? Não, pelo contrário, há de se lamentar e buscar mensurar o tamanho do atraso que Parauapebas foi submetido nesses últimos dois anos.

Os parauapebenses vivem o seu décimo ano sob a gestão Lermen, ou seja, uma década, quase 1/3 do tempo de emancipação da Capital do Minério, e o que se viu até aqui é o mais do mesmo. Nada de legado ao futuro. Ser governado por Darci Lermen é uma dura realidade, e eu estou vivendo ela.

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