A execução, o medo, a guerra urbana e os números do governo

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A execução de  Deivite Werner Araújo Galvão, mais como “Gordo do Aurá”, ontem (21), em Belém, ocasionou grande apreensão no governo do Estado. O receio era que o fato desencadeasse uma onda de crimes na Região Metropolitana de Belém (RMB), e de quebra, jogasse “terra” na narrativa mais propagada pelo governo: a queda nos índices de violência (tendo como base o mesmo período do ano passado).

Ontem, por exemplo, a ordem do Comando Geral da Polícia Militar era que a tropa estivesse em prontidão, nas ruas. Em Parauapebas verifique isso, ao transitar por algumas ruas. Hoje, 22, cedo o governador Helder Barbalho reuniu com o Ualame Machado e Alberto Teixeira, Secretário de Segurança e o Delegado Geral da Polícia Civil, respectivamente. O setor de inteligência está de prontidão, monitorando tudo. O medo é que ocorra o conflito entre facções, o que seria trágico para a sociedade, sobretudo aos mais pobres, moradores da periferia. E o governo preocupado com os seus números.

Helder sabe que a Segurança Pública é hoje a área mais problemática, e que a escolheu para ser a vitrine (em caso de sucesso, é claro) de sua gestão. Uma onda de violência desencadeada pela execução do “Gordo do Aurá”, colocaria tudo a perder, pois faria disparar os números de homicídios, derrubando a narrativa positiva palaciana. Há correria nos corredores do Palácio do Governo.

Quanto aos desdobramentos políticos, afinal, mesmo sendo ele uma figura polêmica, trata-se da EXECUÇÃO de um vereador democraticamente eleito e isso é um fato gravíssimo! Discorreremos sobre eles em outro post, aguardem!

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