A politização do caos

A pauta principal da disputa político-eleitoral no próximo ano está posta: segurança pública. O tema não é novo, já esteve no debate central dos processos eleitorais de 2018 e 2020, elegendo grande número de políticos de Direita.

A operação das forças de segurança do Rio de Janeiro, que teve alvo as comunidades do Alemão e da Penha, com intuito de enfraquecer o Comando Vermelho, provocou saldo de 132 mortos, dentre eles quatro policiais.

O objetivo deste editorial não é tratar do conflito, avaliar se o mesmo foi ou não correto, pois o tema não é área de atuação deste veículo, e o seu autor não é especialista na área. A questão é promover análise política do ocorrido.

O governador Cláudio Castro (PL) em poucos meses irá se desincompatibilizar do cargo para concorrer ao Senado. Sua avaliação é baixa. Tornou-se um gestor sem expressão, sem marca, depois de ter virado governador sem nunca ter esperado (impeachment de Wilson Witzel, em 2021).

Tal determinação para a operação foi dada por Castro. Talvez, em seu gabinete, os seus auxiliares mais próximos o convenceram a autorizar, justificando como de grande ganho político, visando às eleições do ano que vem.

De todo modo, a disputa política entre Esquerda e Direita, neste caso, entre PT e PL, está posta. E tenderá a se unificar. A parceria entre os governos Federal e Fluminense não deverá atingir patamares necessários para enfrentar mais fortemente o crime organizado. A narrativa de embate entre os Poderes citados está posta.

Castro conta com o apoio público de governadores de oposição que, inclusive, se reuniram com ele. O encontro não teve como objetivo central criar uma ampla rede de apoio logístico entre entes federativos, mas afinar o discursos políticos.

A guerra entre policiais e traficantes por ora está suspensa. Inicia agora outra: a de narrativas político-eleitoral. É a nova chance da Direita avançar sobre um tema que lhe é muito rentável eleitoralmente, diferentemente da Esquerda, que não consegue fluir.

Para alguns, Lula escapou “raspando” da “arapuca” colocada por Cláudio Castro. A conferir.

Imagem: reprodução 

Henrique Branco

Formado em Geografia, com diversas pós-graduações. Cursando Jornalismo.

#veja mais

O avanço Conservador e Direitista no Brasil. O Bolsonarismo como mentor

O Blog coloca em sua pauta de debate um importante artigo, escrito por Rosana Machado e postado no site do The Intercept Brasil, em que

Rapidinhas do Branco. III

De olho em Marabá I Fontes contaram ao Blog que o deputado estadual Chamonzinho (MDB) está de olho em Marabá. Montou sua base por lá.

Câmara Aprova Projeto que Obriga Contratação de Mão-de-Obra Local. Mas Será que Vinga?

Foi votado hoje, na Câmara Municipal de Parauapebas, o Projeto de Lei 18/2019, de autoria dos vereadores Joelma Leite e Joel Alves. O projeto autoriza

O Dia D para o autor da PEC da Blindagem

Ontem, 18, os principais noticiários de política trataram da decisão do União Brasil em relação aos seus filiados que tem cargo no governo federal. A

Eleições 2024: Pesquisa Doxa aponta liderança de Chamonzinho com 53% dos votos válidos

Na disputa pela prefeitura de Marabá, no estado do Pará, Chamonzinho (MDB) desponta como o principal favorito, com 53,4% das intenções de votos válidos, de

Consignado CLT tem quase 3 milhões de propostas em menos de dois dias

Quase 30 milhões de simulações de empréstimos para o Crédito do Trabalhador, também chamado de Consignado CLT, foram realizadas desde a liberação da ferramenta no