A posse descentralizada

Fazendo jus ao seu mote de campanha, cristalizado na palavra “Presente”, o governador eleito Helder Barbalho, resolveu promover algo inédito em cerimônia de posse de um chefe do Poder Executivo. Além do tradicional ato de transmissão da Faixa Governamental, que historicamente ocorre em frente ao Museu Histórico do Pará, nas dependências do Palácio Lauro Sodré, Helder Barbalho terá dois atos públicos que ocorrerão nos municípios de Marabá e Santarém. Nessas municipalidades se apresentará na condição de governador do Estado, e deverá expor ao público presente as primeiras medidas que a sua gestão deverá por em prática – seguindo o plano de governo – e as demandas levantadas no período de transição.

Sem dúvida, a medida tem sentido simbólico, e segue em consonância com a narrativa do período eleitoral e suas promessas. A presença do governador em municípios distantes da capital, em especial Santarém, horas depois de ter recebido a faixa, é algo positivo. Melhor ainda se – de fato – a direção desde o início do novo governo seja no sentido prático da descentralização administrativa. Para isso, precisa-se avançar para além dos interesses políticos, que pela supremacia numérica, como no caso do parlamento estadual, torna na prática difícil essa pretensão descentralizadora. Portanto, mais uma missão que Helder terá que resolver.

O segundo passo será a definição do próximo orçamento, já totalmente controlado pelo governador. Nos últimos anos (sob a gestão tucana) ocorreu de forma velada e sem questionamentos, o aumento do repasse no volume de investimentos em direção à Região Metropolitana de Belém (RMB), em detrimento ao restante do território paraense. Desta forma como promover o desenvolvimento em outras regiões, ou na outra ponta, combater às assimetrias regionais?

Que tal medida de comparecimento aos dois citados municípios, seja a demostração clara do novo perfil que o governo do Pará terá, buscando o desenvolvimento além das proximidades da capital, e se fazendo presente em toda a extensão territorial paraense. Esse poderá ser o legado de Helder Barbalho. O tempo dirá.

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