Ananindeua: marketing x realidade

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O município de Ananindeua, o segundo mais populoso do Pará, em seu campo político, vive uma relação ambígua entre a realidade e o que é produzido, por exemplo, em peças publicitárias do governo municipal, este sob gerência do médico Daniel Santos, do PSB, prefeito desde 2021.

O Blog do Branco produzirá uma série de matérias sobre a gestão em questão. A primeira delas diz respeito ao lixo urbano que, diferente da propaganda institucional da prefeitura, se acumulam em centenas de ruas do citado município. Vale lembrar que, sobre o assunto, a prefeitura de Ananindeua deu entrada e a Câmara de Vereadores aprovou a Lei Complementar nº 3.190, de 05 de novembro de 2021, que versa sobre a aplicação da taxa de manejo de resíduos sólidos, a popular taxa do lixo. Ou seja, o cidadão teve em seu carnê de IPTU um acréscimo considerável, todavia, o sistema de recolhimento e seleção dos resíduos sólidos em Ananindeua, apresenta graves problemas. A questão é, inclusive, visual. Basta percorrer algumas avenidas da cidade que se observa as “montanhas” de entulho e lixos.

A péssima gestão de Edmilson Rodrigues, do Psol, em Belém, era usada como referência negativa em relação à gestão de Daniel Santos. Todavia, fora do mundo encantado da “República de Ananindeua”, a questão do lixo urbano, Edmilson e Daniel em quase nada se diferem. Sob a questão, inclusive, se produziu material em que se lia: “Sem potoca, aqui é trabalho”, em que apareciam dois bonecos: um gari segurando um saco de lixo ao lado de outro boneca que faz alusão ao prefeito Daniel Santos. Pelo visto, sem marketing, há “potoca” também em Ananindeua.

Um serviço básico mal executado, mas que é escondido pelas obras “faraônicas” e muita publicidade da gestão de Daniel Santos, que se vendo como sendo o melhor prefeito do Pará, mas que sua popularidade é mantida de forma artificial, com grandes projetos. O que não se conta ao cidadão ananindeuense é que esses projetos estão sendo feitos sob um grande volume de empréstimos autorizados e contraídos por Daniel Santos, e que, possivelmente, deixarão em “mãos lençóis” o seu sucessor, a partir de 2028.

Os valores contraídos em caráter de empréstimos junto à Caixa Econômica e ao Banco do Brasil somam quase 500 milhões de reais, mas esse é um assunto que iremos tratar em outra matéria.

Imagem: reprodução Internet. 

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