As acusações de Saraiva

Conforme escrevi na semana passada, a entrevista concedida pelo delegado da Polícia Federal (PF), Alexandre Saraiva à Globo News, caiu como uma bomba no meio político em diversos estados brasileiros. No caso do Pará, o policial que foi superintendente da PF no Amazonas, cita nominalmente o senador Zequinha Marinho (PL), que é pré-candidato ao governo do Pará.

Sob Marinho pesa – segundo Saraiva – atuação política nos bastidores contra ações de combate à grilagem de terras e extração ilegal de madeira, o que foi negado pelo senador através de uma nota enviado à imprensa, que ameaçou ainda processar Saraiva por essas acusações. O delegado vem após a polêmica entrevista pedindo aos que foram citados por ele que o processem, para que ele possa demonstrar na Justiça tudo que afirma, sustentado em documentos, que segundo o próprio enchem dois “carrinhos de supermercados” em provas.

A questão é: a situação ficará por isso? No caso de Zequinha Marinho sua defesa se resumirá em apenas negar os fatos que pesam contra ele? Não haverá nenhuma investigação? o Ministério Público Federal não se interessará pelas acusações de Saraiva? A Polícia Federal fará “cara de paisagem”?

Essa complacência em relação as acusações de crimes só reforçam o quanto há a presença, de fato, uma bancada, de uma estrutura política que mantém todo e qualquer tipo de ilegalidade na região amazônica, o que fomenta, por exemplo, o desaparelhamento de órgãos como o Ibama e Funai, além de promoverem mortes de quem ousa enfrentar esse poder paralelo, a exemplo do que aconteceu recentemente com Bruno Pereira e Dom Phillips.

O caso que envolve graves acusações a senador que se coloca como pré-candidato ao governo do segundo maior estado brasileiro, a porta de entrada para a Amazônia, não requer maior aprofundamento por parte das autoridades? Ou teremos uma eleição em que pesa a desconfiança e rumores sérios de proteção a ilegalidades a um dos candidatos ao Executivo paraense?

Imagem: reprodução internet. 

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