A partir do primeiro dia do mês de junho de 2021, a Universidade do Estado do Pará (UEPA) entrou em uma nova fase, com eleição do Prof. Dr. Clay Chagas e da Profª. Dra. Ilma Pastana, reitor e vice-reitora, respectivamente da citada instituição.
Após três anos, a citada dupla comemora os avanços e o cumprimento das propostas feitas em campanha, em especial, o melhoramento estrutural dos Campi existentes, além da ampliação através da construção de novas unidades, aumentando ainda mais a presença da Uepa no território paraense, permitindo, por exemplo, que a referida universidade esteja presente atualmente em 11 das 12 regiões de integração do Pará.
Graduação
Neste quesito, a Uepa sob a gestão de Clay Chagas e Ilma Pastana avançou significativamente, com o aumento contínuo no número de vagas ofertadas para a graduação, inclusive por meio de parcerias com programas como o Forma Pará (Programa de Educação e Formação Superior), que oferta cursos de graduação em municípios onde a Uepa não possui campus físico.
No comparativo entre 2020 e 2023 (os dados de 2024 estão sendo fechados), a soma da geração de vagas nos segmentos: Prosel, Licenciatura Indígena, UAB, Parfor e Forma Pará, saltou de 3.956 em 2020 para 4.086, em 2023.
Processos Seletivos Especiais
Em mais um avanço da atual gestão, foi a implementação de diversos processos seletivos especiais: Letras-Libras, fazendo da Uepa a primeira instituição da região Norte a realizar um Processo Seletivo específico para pessoas surdas.
Além disso, a Universidade do Pará realizou o seu primeiro Processo Seletivo Especial para o curso de Licenciatura em Música. A seleção contou com duas fases: prova de redação e prova específica de música, dividida em avaliação teórica e de execução musical.
Em 2023, foi realizado o Processo Seletivo (PS) Especial em Canaã dos Carajás, com 150 vagas ofertadas em regime regular/modular, divididas em grupos de cotas regionalizadas, cotas socioeconômicas (CSE), cotas étnico-raciais (CER) e vagas não cotistas (NCT). Com um total de 3.164 inscritos, 80,69% das vagas foram preenchidas
por residentes no município de Canaã dos Carajás, sendo 66,21% de escolas públicas.
Pioneirismo
A Uepa realizou a colação de grau da primeira turma de Saúde Coletiva, o que representa o pioneirismo e a presença estratégica da universidade, no contexto de formar sanitaristas capacitados para atuar e pensar na gestão, principalmente do SUS. Além de Belém, neste ano de 2023 iniciaram duas turmas, nos municípios de Capanema e São João da Ponta, pelo programa Forma Pará.
Por meio do programa Forma Pará, ofertou, de forma inédita, os cursos de Engenharia Civil (Bragança), Engenharia de Alimentos (Itaituba e São Caetano de Odivelas) e Gastronomia (nos distritos de Mosqueiro e Icoaraci e nos municípios de Salinas e Santarém). Também foram realizadas as primeiras formaturas dos cursos ofertados pela instituição, através do programa: a turma de Geografia, do município de Salinópolis, foi a primeira a completar o ciclo formativo, totalizando 29 profissionais qualificados para atuarem como professores de Geografia, bem como pesquisadores, cientistas, empresários e profissionais capazes de contribuir com a região. As turmas de Educação Física nos municípios de Benevides, Gurupá e Melgaço já tiveram outorgas de grau dos novos profissionais.
Em 2022, a Uepa realizou a formatura de de 74 indígenas da etnia Munduruku do Alto Tapajós em Licenciatura Intercultural Indígena. O curso de Licenciatura Intercultural Indígena está dentro da política indigenista da Uepa, coordenado pelo Núcleo de Formação Indígena (Nufi). O Núcleo constitui-se num espaço interinstitucional na universidade, que visa garantir aos povos indígenas formação superior, realização de pesquisas, atividades de extensão e formação continuada, de acordo com as necessidades e realidades dos povos indígenas.
Outra grande vitória da atual gestão é o Revalida (Processo de revalidação dos diplomas de médicos que se formaram no exterior e querem atuar no Brasil), que foi realizado pela primeira vez pela Uepa em 2020, mas que na gestão de Clay Chagas e Ilma Pastana o programa tomou outra proporção. Por exemplo, em 2022, ocorreu o lançamento da segunda edição, com a presença do governador Helder Barbalho. Na ocasião, mais de 70 candidatos conseguiram a aprovação para ter o diploma de médico, obtido no exterior, revalidado, para poder atuar legalmente no país.
Pensando nos médicos que não atingiram a nota mínima de corte, a Uepa promoveu a matrícula na etapa de
Estudos Complementares. Desta forma, 60 médicos que não tinham alcançado a nota de corte em uma das etapas do processo de validação, receberam uma bolsa de estudos para darem seguimento às atividades em municípios do
arquipélago do Marajó, sob a supervisão dos professores de Medicina da Uepa e de médicos locais, com apoio das prefeituras.
Em março do ano corrente, foram entregues 56 diplomas revalidados aos médicos estrangeiros ou formados em instituições de ensino superior fora do país que participaram, ao longo do ano de 2023, da etapa de Estudos Complementares, em 16 municípios do Marajó. Algo histórico, mais um feito da atual gestão.
Internacionalização
Para os que acharam que as ações e projetos se resumiram ao território paraense, se enganam. A Uepa ultrapassou fronteiras internacionais. Em 2021, a Universidade do Pará assinou acordos com Redes e Instituições Acadêmicas Internacionais, Entidades e Organizações Internacionais. Há convênios firmados bilaterais com universidades
na Argentina, Canadá, Chile, China, Espanha, Estados Unidos, França, India, Irlanda, Polônia, Portugal e Ucrânia.
Em 2022, no mês de fevereiro, por meio da Coordenação de Relações Internacionais (Crein), implementamos uma estratégia de integração com universidades de oito países da América Latina e do Caribe, ao aderir ao Programa de Intercâmbio Acadêmico Latino-Americano (Pila), um acordo multilateral, que ampliou para 237 o número de universidades conveniadas, para receber alunos da Uepa, através da mobilidade acadêmica internacional.
Em dezembro de 2023, o reitor Clay Chagas e a vice-reitora Ilma Pastana participaram, juntamente com a direção do Instituto Confúcio na Uepa, da Conferência Internacional da língua Chinesa, promovida pelo Ministério da Educação da China, realizada na cidade Pequim, com o tema “Chinês para o mundo, abertura para o futuro”. Após esse evento, reuniram-se com a gestão superior da Universidade Normal de Shandong – SDNU, na cidade de Jinan, China, para participar da reunião do Comitê do Instituto Confúcio; apresentar as atividades desenvolvidas pelo IC UEPA; discutir a criação de convênio de parceria para pesquisa e pós-graduação entre as duas instituições; tratar da visita de uma delegação da Uepa à Universidade Normal de Shandong; e realizar visita à Escola Internacional, onde temos
dois alunos do IC UEPA estudando mandarim por meio de bolsa de estudo.
Para fechar, no ano corrente, A UEPA tornou-se a primeira Instituição de Ensino Superior (IES) do Pará a implementar a Cátedra Sérgio Vieira de Mello (CSVM), mediante a assinatura de um termo de parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR-ONU), no dia 26 de fevereiro. A Cátedra atua como um agente fundamental para garantir que pessoas refugiadas e solicitantes de refúgio tenham acesso a direitos e serviços no Brasil, oferecendo apoio ao processo de integração local. O objetivo da implementação da Cátedra na Uepa é promover a educação, pesquisa e a extensão acadêmica para a população em condição de refúgio.
Como se pode perceber, a Universidade do Estado do Pará vive um novo tempo na gestão de Clay Chagas e Ilma Pastana, juntamente com equipe colocaram a citada universidade em outro patamar no quesito ensino, a primeira parte de nossa série.
No próximo artigo, vamos mostrar mais conquistas promovidas pela reitoria em outras áreas.
Imagem: O Liberal