O prefeito de Parauapebas, Aurélio Goiano (Avante) é conhecido por seu perfil, digamos, agitado (eufemismo casual, que o mesmo nem deve saber o que é). Para outros, o mandatário é truculento, com rompantes. Por um período, Goiano passou por um processo de “humanização” visando à disputa eleitoral, com objetivo de buscar votos mais ao Centro (o que se mostrou desnecessário tamanha era a rejeição do governo Darci Lermen).
Pois bem, depois de ter inchado a edição de ontem, 20, do Diário Oficial com com quase duas centenas e meia de nomeações, formando uma maçaroca de 59 páginas, na edição de hoje, 21, veio “magrinho”, com apenas um ato, todavia, tanto quanto polêmico como o decreto de ontem instaurando a Situação de Emergência Administrativa.
O decreto 1121/2025, revogou 63 decretos (Acesse aqui) que constavam na edição anterior. Segundo informações de bastidores, os nomes são ligados aos vereadores: Alex Ohana (PDT), Leandro do Chiquito (Solidariedade), Érica Ribeiro (PSDB), Elias Ferreira (PV) e Léo Márcio (Solidariedade), este último, pasmem, líder de governo.
Tal decisão, causa grande estranhamento. Qual motivo levou o mandatário a revogar 24 horas depois acordos com diversos vereadores? Por que nomear e exonerar no dia seguinte? Tal ato pega mal não só politicamente, mas também administrativamente, pois demonstra total falta de organização.
Se era para exonerar, então não tinha necessidade de nomear. É brincar com as pessoas envolvidas. Não é a primeira vez que nomes que aparecem no Diário Oficial, são logo em seguida, tem seus decretos tornados sem efeito. Casos que envolvem pessoas que respondem, por exemplo, a processos na Justiça, passaram a compor o numeroso grupo – ainda mais agora com a majoração de 600 vagas – de assessores do prefeito. O que evidencia claramente falhas graves nos responsáveis por essas nomeações.
O fato das revogações de hoje chama muito atenção por envolver o líder de governo que, em tese, deveria ser blindado. Algo muito estranho no ar.
Imagem: fotomontagem