Eleições 2024: caso concorra, quem enfrentará Éder Mauro no segundo turno?

A pressão sob o deputado federal Éder Mauro, do PL, para que o mesmo concorra à Prefeitura de Belém é grande. Há um receio que o mesmo recue de sua pré-candidatura. Em 2020, o ex-delegado de Polícia Civil, muito bem colocado, no auge da “onda” bolsonarista, declinou de ser candidato, abrindo espaço para Everaldo Eguchi, que empurrado pelos apoiadores do ex-presidente, chegou ao segundo turno, e quase foi prefeito de Belém.

Em termos eleitorais, Éder Mauro ostenta uma posição política-eleitoral bastante confortável, ainda mais agora com a saída do deputado estadual emedebista Zeca Pirão, que abandonou a disputa por um pedido do governador Helder Barbalho, que o preteriu em favor de seu primo mais novo, o deputado estadual licenciado e atual secretário estadual de Cidadania, Igor Normando, também do MDB.

A exemplo de 2020, o Bolsonarismo emplacará um nome no segundo turno, que basta querer, será Éder Mauro. A outra vaga será disputa entre o atual prefeito Edmilson Rodrigues, do Psol, e Igor Normando, do MDB. Aliás, o atual mandatário da capital vem gradativamente recuperando “terreno”, diminuindo sua rejeição e aumento sua popularidade. Claro que, de modo geral, a avaliação a população é que sua gestão é ruim, a pior passagem entre as três vezes que assumiu a prefeitura de Belém.

Igor Normando sempre esteve na “rabeta” nas pesquisas. Com menos da metade das intenções de votos de Zeca Pirão e José Priante, que foram “sacados” da disputa. Em Belém, o governador Helder Barbalho apresenta boa avaliação, segundo pesquisas de diversos institutos, o que fará o seu pré-candidato crescer nos futuros apontamentos.

O embate entre Edmilson e Igor promete fortes emoções, a começar pelas articulações de apoio de ambos, que vem sistematicamente puxando partidos para às suas órbitas, dividindo alguns, inclusive. A máquina estadual fará a diferença, além da “estadualização” de Belém, ambos à favor de Normando, que após controlar as ações da Usina da Paz, o “carro-chefe” do governo estadual, se tornou mais popular e com uma imagem menos “elitizada”. Sendo assim, poderá tirar votos do maior reduto eleitoral de Edmilson: a periferia.

A missão hercúlea de Edmilson, em caso de vitória (ir ao segundo turno já é encarado por diversos analistas como um feito político-eleitoral elogiável perante às circunstâncias), ainda mais sem o seu maior cabo-eleitoral: presidente Lula que, pelo visto, “lavou as mãos” em relação à disputa eleitoral na capital paraense.

Vale o registro que o deputado estadual Thiago Araújo (Republicanos), que concorreu à prefeitura de Belém na última eleição, terminando em quarto lugar, vem pontuando bem. É uma opção a se considerar.

Enquanto isso, Éder Mauro segue liderando, no aguardo de quem irá disputar com ele o segundo turno.

Imagem: reprodução Internet. 

Henrique Branco

Formado em Geografia, com diversas pós-graduações. Cursando Jornalismo.

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