Cenário eleitoral favorável a Helder Barbalho. Um projeto iniciado em 2015

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Inegavelmente, o candidato ao governo do Pará, Helder Barbalho (MDB), lidera todas as pesquisas eleitorais até o momento. Sem entrar no mérito da metodologia que cada instituto aplicou (o que interfere diretamente no resultado divulgado), o ex-ministro segue soberano, bem à frente dos adversários.

Helder tem a vantagem (especialmente sobre o seu principal adversário, Márcio Miranda) de ser conhecido pela totalidade dos eleitores paraenses. Conforme analisado por este blog desde 2016, foi montado uma estratégia política (ingressar ao governo Dilma e depois no de Temer, como ministro de Estado, neste caso, Pesca e Integração Nacional, respectivamente) para que o atual candidato do MDB tivesse a possibilidade de promover ações e consequentemente o seu nome, para que pudesse chegar aos atuais patamares que as pesquisam indicam. Helder, na condição de ministro, portanto, ordenador de despesas de um dos maiores orçamentos da República (Ministério da Integração Nacional), se colocou em condições de sair em vantagem em comparação aos seus principais adversários. Metaforicamente, é como se o candidato do MDB iniciasse uma corrida com centenas de metros à frente de seus adversários.

Deferentemente de 2014, o atual cenário eleitoral é favorável ao candidato do MDB. As chances de vitória são reais, inclusive em primeiro turno, como apontado por alguns analistas políticos. Penso ser prematuro tal afirmação de que a disputa ao Palácio dos Despachos possa ser encerrada já no dia 07 de outubro. Há fatores importantes que ainda não estão colocados na eleição, como a propaganda política na TV e Rádio, e a ação da poderosa máquina estadual. Márcio Miranda terá todo o aparato de marketing (que reconhecidamente opera milagres) que sempre teve importância e influência na manutenção da dinastia tucana no Pará, que este ano completa duas décadas.

Mas, por que, então, afirmo que o cenário eleitoral é favorável ao emedebista? A eleição ao Executivo paraense será decidida na Região Metropolitana de Belém (RMB), conhecido reduto do PSDB; região que tem decidido favoravelmente para os tucanos. Diferente de 2014, a rejeição ao referido partido é alta no maior colégio eleitoral paraense. Os prefeitos de Belém e de Ananindeua, Zenaldo Coutinho e Manoel Pioneiro, respectivamente, possuem estrondosa rejeição de suas gestões. Não, por acaso, que o governador Simão Jatene se viu obrigado a escolher o seu candidato fora do “ninho tucano”. Além das péssimas avaliações das gestões tucanas nos municípios metropolitanos, há outra até maior: a do governador Simão Jatene.

A propaganda eleitoral na TV e rádio irá começar no dia 31, e com ela iniciará uma nova etapa da disputa eleitoral. Conforme dito, Helder Barbalho está em condição confortável e ainda terá pouco mais de um minuto de exposição a mais em comparação ao seu principal adversário, o democrata Márcio Miranda, o que inegavelmente faz a diferença (quando bem feito).

O horário de propaganda do MDB deverá seguir três linhas claras: apresentar o cenário de descaso em que o Pará está inserido, ligando à imagem de Miranda (especialmente na RMB, quase toda controlada pelo PSDB e aliados); mostrar o que Helder conseguiu trazer ao Pará na condição de ministro de Estado e apresentar as propostas do candidato ao eleitorado. Tempo terá, basta construir uma boa narrativa e ter o apoio da maioria do eleitorado. os erros de 2014 estão claramente influenciando as decisões e estrategias do staff do emedebista.

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