Conselheira do TCM suspende compra de ônibus pela Prefeitura de Belém por suspeita de superfaturamento

Nada que esteja ruim que não possa piorar. Essa usual frase se aplica perfeitamente ao prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, do Psol, que a cada dia acompanha o seu projeto de reeleição ir à pique. À frente de uma gestão questionável, com baixa popularidade, alta rejeição, e que joga atualmente todas às fichas na modernização do transporte público da capital, com a chegada de novos veículos, estes elétricos.

Pois bem, se propagou tal ação. Sem dúvida, se acontecer, terá efeito positivo considerado. A questão é que, ao que parece, essa promessa de Edmilson não será possível de ser cumprida, assim como outras.

Uma “bomba” caiu no Palácio Antônio Lemos. Tudo porque, a conselheira do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Ann Pontes, suspendeu a venda por detectar irregularidades e indícios de fraudes na compra de 30 ônibus elétricos, que poderiam ter sido adquiridos por apenas R$ 2,5 milhões cada um.

A tentativa da Prefeitura de Belém de tentar adquirir 30 ônibus elétricos e 15 carregadores superfaturados não foi para frente. Análises técnicas feitas pela 1ª Controladoria do Tribunal de Contas do Município (TCM-PA), por meio da conselheira Ann Pontes, identificaram inúmeras irregularidades na compra, entre elas a falta de justificativas válidas para gastar quase R$ 4 milhões em cada um dos novos veículos que estavam previstos para circular pela capital no começo de agosto.

O desespero do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, de trazer os novos ônibus a qualquer custo para a cidade, somado ao fato de estar em campanha eleitoral para tentar a reeleição, ignorou os questionamentos feitos pelo TCM-PA, além de não ter cumprido com as obrigações legais determinadas pela nova Lei de Licitações, o que caracteriza fraude.

Para agravar a situação, a Prefeitura de Belém teria ignorado as análises feitas pelo TCM desde maio desse ano. Esses apontamentos técnicos do citado Tribunal, confirmam que Edmilson não fez o encaminhamento do projeto piloto de ônibus elétrico, e não realizou um Estudo Técnico Preliminar (ETP). Além disso, não foi incluída a estimativa do valor da compra, com os preços unitários referenciais, assim como, não ofereceu justificativas em caso de parcelamentos.

Sobre o caso, recentemente, reportagem do Jornal Estadão, mostrou que o valor de um ônibus elétrico custa entre R$ 2,5 e R$ 3 milhões cada. Ou seja, valor muito menor do que os que a Prefeitura de Belém gastaria (quase quatro milhões de reais) por cada veículo elétrico.

A Prefeitura de Belém recorreu da decisão, sob alegação que o processo licitatório está finalizado e os recursos estão assegurados. De acordo com a gestão municipal, os ônibus devem ser comprados com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, e um empréstimo de mais R$ 100 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Além de viver uma constrangedora situação eleitoral, “caindo pelas tabelas” nas pesquisas, essas situações penalizam a população. Uma medida claramente eleitoreira, feita às pressas para tentar salvar eleitoralmente o mandatário municipal.

Imagem: reprodução Internet

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