Quem mora na região de Carajás, a maior província mineral do mundo, sempre escuta que a quantidade de minério a ser explorado na Serra Norte, localizada em Parauapebas, caminha para o fim e que há no máximo duas décadas de exploração de minério de ferro. Que Parauapebas convive com um futuro incerto por conta da possibilidade do fim da extração mineral nas atuais minas.
Pois bem, contraindo esses exercícios futurólogos, segundo comunicado feito pela própria mineradora, será investido cerca de R$ 70 bilhões de 2025 a 2030, no que está sendo chamado de projeto “Novo Carajás”, que irá compreender as extrações de minério de ferro e cobre, o que afasta de vez a possibilidade de queda na produção e desmobilização dos projetos em terras parauapebenses.
A produção na Serra Norte é antiga, começou a operar em 1985, quando foi inaugurado o projeto PGC (Programa Grande Carajás), portanto, segue distante dos novos modelos de produção da empresa, a exemplo o Complexo S11D, localizado no município vizinho de Canaã dos Carajás. Portanto, para aumentar a produção, que pela modelo arcaico, estagnou, se faz necessário investir em tecnologia.
O fato – se for analisado por outro lado – pode ser também preocupante, pois tende a acelerar ainda mais a extração mineral, acelerando ainda mais a exaustão das atuais minas que operam há 40 anos.
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