O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (ainda no Psol) sabe que o seu projeto de reeleição corre sério risco. Sua manutenção no Palácio Antônio é incerta. Basta olhar o seu índice de rejeição em qualquer levantamento feito. Por conta disso, Edmilson se movimenta, busca alternativas exógenas para se manter no cargo de prefeito de Belém. Como dito em outro artigo, a “tábua de salvação” será a realização da Conferência das Partes (COP) em 2025 na capital paraense. Os investimentos maciços em infraestrutura por parte dos governos federal e estadual, prometem colocar Belém em outro patamar, sobretudo, em saneamento básico. Essa é a aposta de Rodrigues, sua “boia de salvação”.
Na semana passada, o citado mandatário municipal fez um tour pela capital federal em busca de recursos e parcerias. Divulgou um vídeo em que aparecia abraçado ao presidente Lula (PT), que afirmou que o Governo Federal irá dar todo o suporte a gestão do amigo Edmilson. Na sequência, o prefeito de Belém conseguiu aprovar um empréstimo na ordem de R$ 200 milhões junto ao Banco do Brasil, que terá como objetivo melhorar a qualidade de vida nas áreas de “baixada” da capital paraense.
Edmilson tenta a todo modo estreitar relações com o Palácio do Planalto, com claro objetivo forçar Lula a cobrar o apoio do governador Helder ao projeto de reeleição de Edmilson. A questão é que o mandatário estadual vem acompanhando atentamente o que vem acontecendo na gestão do Psol na capital, e sabe que a situação política do prefeito só piora. E ainda há crescimento nas pesquisas de concorrentes como a do ex-candidato a prefeito, Delegado Eguchi (PTB) e do deputado estadual Zeca Pirão, do MDB, que lidera a última pesquisa feita pela Doxa.
Há, inclusive, movimentos internos que podem levar a Edmilson decidir deixar o Psol. Antes – conforme adiantado por este veículo – havia a possibilidade de ir para o PSB, todavia, o partido perdeu a cadeira de federal que tinha. Agora, há rumores que Edmilson poderá retornar ao PT. O Psol dentro das suas resoluções que tratam de coligações, impossibilita hoje um amplo arco de alianças com outros partido. Tal restrição piora ainda mais a situação política de Rodrigues. Sem falar que o partido vive uma verdadeira guerra interna.
A situação da gestão de Edmilson piora a cada dia. Sua reeleição só será possível se tiver as máquinas federal e estadual juntas. Caso contrário, seu ciclo no comando do Executivo belenense se encerrará no próximo ano.
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