Desde fevereiro do ano corrente que não se divulga pesquisa eleitoral no Pará. Já se vão quase seis meses sem nenhum levantamento estatístico sobre o cenário eleitoral. O competente jornalista Carlos Mendes levantou a questão, em seu blog, questionando o espaçamento temporal. Por qual motivo tanto tempo sem a divulgação de números? A quem interessa esse recesso?
Pois bem, encerrando esse período de escassez, duas novas pesquisas deverão ser divulgadas neste fim de semana. Uma do Ibope, encomendada pela Televisão Liberal S/A, afiliada à Rede Globo no Pará; e outra da DOXA, encomendada pela Gravasom Comercial Fonográfica e Publicidade LTDA, editora do jornal A Província do Pará.
A expectativa é enorme. Os principais candidatos ao governo do Pará: Helder Barbalho (MDB) e Márcio Miranda (DEM) através de suas assessorias sempre monitoraram o cenário. Ambos possuem números de pesquisas de “consumo interno”, realizadas com o intuito de promover os direcionamentos e estratégias de campanha, assim como o acompanhamento do desempenho do adversário.
Conforme publicitado pelo blogueiro Diógenes Brandão, em seu veículo “As Falas da Pólis”, as duas pesquisas citadas acima foram registradas no último domingo (12). O passo seguinte do registro é a coleta de dados dos locais citados no registro, o que deve demorar por toda a semana, com a finalização na próxima sexta-feira (17). O que torna possível a publicação nos principais jornais do Pará no próximo domingo (19).
As questões são: as duas pesquisas indicarão novos cenários? Confirmarão as especulações de bastidores sobre a possível queda de Helder Barbalho e a subida de Márcio Miranda? Irão, portanto, validar as pesquisas de “consumo interno”?
O que se pode adiantar é que as duas pesquisas iniciarão (como de praxe a cada pleito eleitoral) a temporada de consultas ao eleitor. Seus números, independente de resultados, fomentarão o debate, agitarão as torcidas de ambos os candidatos. O que parece deslocar cada vez mais para longe o bom nível dos debates e consequentemente as propostas para um ente federativo rico, porém com um dos piores quadros sociais brasileiros. Faz-se necessário ir além da retórica de torcida. O Pará necessita muito mais do que isso.