Eleições 2020: disputa para Prefeitura de Belém mantém Edmilson na liderança e tendência de 2º turno

O Blog reproduz aos seus leitores, importante análise sobre o cenário eleitoral de Belém. Rodolfo Marques, doutor em Ciência Política, nos brinda com a sua indispensável ótica analítica. Boa leitura.

A campanha eleitoral para o pleito municipal de 2020 entra na reta decisiva nas principais capitais brasileiras. O primeiro turno está agendado para o dia 15 de novembro e, onde houver necessidade (nenhum candidato ter obtido mais de 50% dos votos válidos) e possibilidade (mais de 200 mil eleitores), a “segunda volta” acontece em 29 de novembro, para as disputas das prefeituras. Os 5.570 municípios brasileiros vão escolher, além de seus prefeitos, os seus vereadores.

Em Belém, capital do Pará, os últimos números da pesquisa Ibope (realizada entre 18 e 24 de outubro e divulgada no dia 24, com 602 eleitores entrevistados) para o cargo de prefeito mostram uma tendência crescente pelo segundo turno, com uma liderança destacada para o candidato do PSOL, Edmilson Rodrigues. O ex-prefeito de Belém (1997-2004) e, hoje, deputado federal, apresenta 38% das intenções de voto. Considerando-se a margem de erro, Edmilson teria entre 34% e 42% das preferências dos eleitores belenenses. Nos cenários já testados para o segundo turno, Edmílson mantém o favoritismo para voltar ao Palácio Antônio Lemos (sede da Prefeitura Municipal de Belém) a partir de janeiro de 2021.

Dos outros onze candidatos, cinco indicam que ficarão “sem fôlego” em termos da disputa – Mário Couto (PRTB), Guilherme Lessa (PTC), Dr. Jerônimo (PMB), Cleber Rabelo (PSTU) e Jair Lopes (PCO). E outros dois, Cássio Andrade (PSB, com 4%) e Gustavo Sefer (PSD, com 3%) não indicam ter competitividade.

Caso se confirme o segundo turno, a outra vaga deve ficar entre José Priante (MDB, com 15%), Thiago Araújo (Cidadania, com 23%), Vavá Martins (Republicanos, com 7%) e delegado Everaldo Eguchi (Patriota, também com 7%).

Priante está bem posicionado, apresentou crescimento em relação à pesquisa anterior e tem o importante apoio do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), que segue bem avaliado pelo eleitor da capital.

Thiago Araújo tem o apoio do prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho (PSDB) e busca ampliar sua votação com uma campanha intensa nas redes sociais.

Vavá Martins e Everaldo Eguchi disputam o voto conservador e o apoio do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). É importante ressaltar que, em 2018, na eleição presidencial, Bolsonaro foi o mais votado em Belém. Por outro lado, considerando-se o pleito de 2020 em outras capitais, como São Paulo e Rio de Janeiro, os candidatos que têm o apoio do presidente vêm “derrapando” nas pesquisas de intenção de voto – Celso Russomano e Marcelo Crivella, ambos do Republicanos, respectivamente.

Destaca-se, também, que a pesquisa eleitoral indica um “retrato” do momento, podendo se modificar com fatos novos ou com mudanças de perspectivas. É fato também que a eleição de 2020, por variáveis como o distanciamento social e um certo descrédito pela política tradicional, está inserida em um contexto de atipicidades. Há cerca de 15% dos eleitores que indicarão que não sabem em quem votar e/ou não vão escolher nenhum dos candidatos. O índice de abstenção (em Belém, geralmente na faixa dos 20%), no dia do pleito, também é algo a ser observado.

Cabe os estrategistas das campanhas buscarem conexões com o eleitor para que as escolhas se façam para os candidatos por eles assessorados. É o grande desafio do momento.

*Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

O artigo pode ser conferido em sua originalidade na coluna do citado docente em O Liberal

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