Eleições 2022: Helder, o dono do tabuleiro político-eleitoral paraense

Antes mesmo do processo eleitoral começar, sabia-se que Helder Barbalho, do MDB, tinha conseguido um feito histórico: ser o primeiro governador reeleito no Pará. A questão passou a ser outra: em qual porcentagem essa vitória seria? Imaginava-se que, de partida, acima dos números dados pela maioria dos institutos de pesquisa, que já colocavam a gestão estadual acima dos 60% das intenções de voto.

Após os votos terem sidos todos totalizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os paraenses tiveram a confirmação de forma oficial, que Helder foi reeleito com uma margem de 70,41% dos votos válidos, colocando-o como o governador mais votado do Brasil. Tal cenário favorável permitiu, por exemplo, que o mandatário estadual pudesse escolher uma vice para a sua chapa sem a indicação de nenhum partido de sua base. A supremacia de Helder era tamanha que a ordem se inverteu: eram os partidos que o procuravam para fechar acordo eleitoral, e não o contrário, como costuma ocorrer.

Além de ter viabilizado a sua reeleição de forma tranquila, Helder fez com que a hegemonia do MDB, no Pará, aumentasse ainda mais. Na Assembleia Legislativa (Alepa), foram 13 deputados eleitos, ampliando uma bancada que já era grande, atualmente com 10 assentos, mas com “apenas” seis eleitos, em 2018. No parlamento federal, o MDB triplicou a sua representação política, passando de três parlamentares para nove, um recorde histórico.

A primeira etapa de sua estratégia política está concluída, talvez, acima do planejado. A etapa seguinte serão as eleições municipais de 2024, em que o governador reeleito quer ampliar ainda mais a sua base, além de conquistar prefeituras importantes, como a de Belém, por exemplo. A terceira etapa será a próxima eleição geral, em 2026, em que Helder deverá concorrer ao Senado Federal, no lugar de seu pai, Jader, que tende a se aposentar da vida pública.

Pelos próximos quatro anos, no mínimo, Helder Barbalho será o dono do tabuleiro político do Pará.

Henrique Branco

Formado em Geografia, professor das redes de ensino particular e pública de Parauapebas, pós-graduado em Geografia da Amazônia e Assessoria de Comunicação. Autor de artigos e colunas em diversos jornais e sites.

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