Após amargar sucessivas eleições sem representantes do próprio município, Parauapebas, o quarto maior colégio eleitoral do Pará, que era reduto de candidatos “paraquedistas”, elegeu dois representantes aos parlamentos federal e estadual. O ex-secretário de Governo, Keniston Braga, do MDB, conquistou uma vaga na bancada federal paraense. A partir de 2023 dará expediente em Brasília. O ex-gestor parauapebense foi o décimo mais votado em números absolutos, com uma votação de 126.027 votos, sendo o sexto mais mais recebeu votos do MDB que, de quebra, elegeu uma super bancada com nove assentos, mais da metade do total disponível ao Pará, que soma 17.
No plano estadual, a capital do minério fez outro feito político: elegeu um deputado estadual, e ele atende pelo nome de Ivanaldo Braz, do PDT, que atualmente preside a Câmara de Vereadores. Braz obteve 65.495 votos, sendo o décimo primeiro mais votado em um universo de 652 candidaturas, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Braz foi o segundo mais votado de seu partido, que tinha como projeção conquistar duas cadeiras.
Sobre as candidaturas de ambos os citados, escrevi que havia, claramente, uma convergência que não se via por essas bandas há bastante tempo. Ou seja, dois nomes, Keniston e Braz, conseguiram criar no eleitorado parauapebense, a necessidade de, primeiro, ter representantes em Brasília e em Belém; segundo, que suas candidaturas eram as mais viáveis. Ambos tiveram campanhas que percorreram dezenas de municípios paraenses, ou seja, não dependeram quase que, exclusivamente, dos votos do eleitorado da capital do minério.
De todo modo, enfim, Parauapebas, com toda a sua importância econômica, terá maior representação política.
Foto: Felipe Borges.