Em Belém, Fachin defendeu ações para o fortalecimento da democracia

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, defendeu, nesta segunda-feira (27), eleições livres e periódicas para o fortalecimento da democracia brasileira. A declaração foi feita durante a conferência magna de abertura do Seminário de Direito Eleitoral Pará 2022, promovido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA). O evento discute os desafios da Justiça Eleitoral nas Eleições 2022. A palestra ocorreu na Estação das Docas, no Teatro Maria Sylvia Nunes, e faz parte de uma série de compromissos que Fachin cumpre na capital paraense.

No início da conferência, o ministro destacou os números expressivos das Eleições 2022, tais como os mais de 150 milhões de eleitoras e eleitores, 2 milhões de mesárias e mesários, 2,6 mil zonas eleitorais e mais de 460 mil seções, três mil juízas e juízes eleitorais e três mil promotoras e promotores do Ministério Público Eleitoral, entre outros dados. Fachin informou que será utilizado um parque seguro, auditável e transparente de 577 mil urnas eletrônicas.

O ministro assinalou também que, no ambiente democrático, os processos eleitorais permitem um modelo específico de legitimação do poder político. “As eleições existem para assegurar o protagonismo da voz popular na organização dos interesses coletivos, razão pela qual é possível afirmar que a recusa de eleições, ou a recusa antecipada de aceitação do resultado das eleições, é um flerte com fórmulas políticas fincadas no autoritarismo e na opressão”, explicou o presidente do TSE.

De acordo com Fachin, se as eleições existem para resguardar a essência primária do jogo democrático, aos tribunais compete assegurar que os atritos gerados pelo antagonismo político sejam resolvidos de forma racional. “Na esteira de uma competição cuja regra suprema reside na substituição da força bruta pela força das ideias”, ressaltou o ministro.

Em outro momento, recordou que a Constituição Federal reserva exclusivamente à Justiça Eleitoral a tarefa de organizar e realizar eleições, zelando pela vigência de instituições representativas acessíveis e renováveis. O ministro enfatizou ser obrigatório, nesse contexto, “abdicar do uso da força, e demitir-se de ameaças constantes, demitir-se da incitação, às vezes sugeridas, outras vezes explícitas, de reações antidemocráticas e violentas”. “É imperativo fiar na realidade, fiar-se nas instituições democráticas, acompanhar o pleito com olhos de ver, enfim, precisamos manter em pé essa República. A tutela da normalidade nunca foi tão necessária”, alertou Fachin.

Com informações do TSE – adaptado pelo Blog do Branco. 

Imagem: TSE.

#veja mais

Passagem de bastão

Com a saída do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) das disputas eleitorais como candidato até 2030, caberá agora ao próprio e aos mais próximos começarem a

A realidade sobrepõe a propaganda: a gestão de Daniel Santos

A administração d o prefeito Daniel Santos, do PSB, em Ananindeua, tem sido alvo de críticas e controvérsias, com várias fraquezas percebidas que afetam diretamente

Mourão é a voz mais sensata do governo. Sua narrativa é reparadora, a que corrige. A troco de quê?

O Vice-presidente, Hamilton Mourão vai se firmando como a voz mais sensata, moderada do governo. Sua narrativa tem efeito reparador, de conteúdos, por exemplo, que

O imbróglio entre Pará e Mato Grosso

A decisão sobre os limites territoriais entre Pará e Mato Grosso ficou para o mês de agosto. É que na sessão de ontem (27), o

Presidente da ALEPA reúne com jornalistas para mostrar o ano positivo do Parlamento

Em seu primeiro mandado como deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), Dr. Daniel Santos (MDB) reuniu na manhã da

Eleições 2024: MDB elegeu 85 prefeitos e 468 vereadores no Pará. Em Parauapebas o partido “morreu”

O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) elegeu, sozinho, 468 vereadores (583.122 votos no total) no pleito municipal deste ano, o que representa 26,68% do total de