Entre Facas e Abraços: A Arte Sutil de Ferir Aliados

O governo Aurélio vem se mostrando uma verdadeira aula de hipocrisia e velhacaria. Em poucos meses a práxis é trair, mentir e enganar. A relação com a Câmara deteriorando e Aurélio não poupa ninguém.

Começou na votação do PL da Besta (PL 666), que tratava da farra das assessorias. Na troca de cargos por votos, Aurélio esperou apenas que os vereadores votassem para em seguida, exonerar os indicados. Não poupou Seu Ninguém. Nem pais de vereadores foram poupados, mostrando seu pouco apreço pela palavra dada.

E agora, vereadores DA BASE de Aurélio estão sendo citados e intimados a se manifestar em até 05 (CINCO) dias úteis em um estranhíssimo processo que, apesar de ser eleitoral, corre em segredo de justiça, haja vista que, em regra, os processos eleitorais são públicos, conforme o princípio da publicidade dos atos processuais, previsto no artigo 5º, inciso LX da Constituição Federal:

Art. 5º, LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem.

Além disso, o Código de Processo Civil (aplicável subsidiariamente ao processo eleitoral), também prevê como regra a publicidade dos atos processuais, exceto em casos expressos de segredo de justiça (art. 189 do CPC).

E ainda temos a Resolução TSE nº 23.607/2019, que em seu art. 57 diz que: “As decisões que julgarem as contas dos candidatos eleitos, ainda que pendentes de apreciação, serão publicadas na internet, assegurando-se a ampla publicidade”.

Ou seja, as contas devem ser públicas, inclusive com publicação online no site da Justiça Eleitoral.

Por óbvio que existem casos previstos de exceção; mas têm tantos “SE” que são bem incomuns. Então o que conterá tal processo para que se justifique o sigilo?

O fato é que Aurélio e sua metralhadora alucinada não fazem distinção entre aliados e adversários sob sua mira. “Conflito” é a palavra que melhor define sua personalidade e muito provavelmente, será a tônica de seu mandato. Aí temos todo o PDT (Maquivalda Barros, Laecio da ACT e Alex Ohana), além de Michel Carteiro, Graciele Brito, Leandro do Chiquito e Érica Ribeiro). Sem contar Rafael Ribeiro e sua vice Adriana Roza. Desses vereadores citados, apenas Maquivalda Barros não está em sua base e mesmo assim, sobrou pra todo mundo. Com um aliado assim, quem precisa de inimigos? E depois, como lidar com essa base “aliada”, como esperar parceria de quem é constantemente atacado e passado para trás? Quem muito apanha, uma hora começa a reagir.

Prevemos tempestades e trovoadas nessa relação com a Câmara, mesmo sendo o Presidente atual, uma marionete nas mãos do Prefeito. Mas até nisso Aurélio insiste em manter a corda tensionada, pois Anderson não consegue esconder o fato de estar magoado com a sua falta de influência na SEMED, onde o mesmo, inconsequentemente, passou o período de transição todinho dando a entender que seria pasta em que ele daria as cartas e, no entanto, tomou rasteira e viu Maura assumir e não lhe dar qualquer moral.

Não lembramos de um começo tão conturbado quanto esse que Aurélio está tendo à frente da Prefeitura, em Parauapebas. Fruto da sua arrogância e truculência, ele vai ter que aprender que galhofas, gritos e ameaças funcionavam melhor naquele seu papel de vereador. Como Prefeito, a hora é de juntar, escutar mais, falar menos e agir. Ah, e começar a cumprir suas promessas e acordos. Porque o período de paciência está acabando; agosto é bem ali e com ele chega o ano eleitoral e uma nova e duríssima batalha se apresentará. Quem viver, verá.

Vicente Reis

“cogito, ergo sum.”

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