Está decretada a morte política de Aécio Neves?

A revista Veja em sua edição desta semana que chegou às bancas neste fim de semana, deixa claro um novo contexto dentro da seara política brasileira: a decadência política do senador mineiro do PSDB, Aécio Neves. Em sua capa, o referido periódico, coloca o ex-governador de Minas Gerais em mais uma delação no que diz respeito ao recebimento de propina, e deixa claro que a vez do ex-governador de Minas Gerais na operação Lava Jato, enfim chegou.

A Veja inegavelmente sempre apoiou e até encobriu assuntos negativos relacionados a Aécio. Em uma rápida pesquisa sobre as capas da revista, o senador tucano aparece em uma dezena de vezes, sempre de forma positiva. Desta vez, a chamada se apresenta como uma “pá de cal” sobre o que ainda se pode esperar do futuro político do neto de Tancredo Neves. A matéria de capa surpreendeu até a mim, um dos maiores críticos da linha editorial da referida revista semanal.

Claramente o periódico e grande parte da mídia já abandonam o mineiro. As delações (dezenas de citações) são contundentes e impossíveis de não serem notadas ou abordadas publicamente. Aécio Neves passou de todos os limites “aceitáveis” para a mídia de ações exclusas. E outro ponto pesa contra a manutenção de apoio ao ex-governador mineiro: seu processo de desidratação política. Aécio, em Minas Gerais, seu reduto eleitoral, perdeu nos dois turnos a disputa presidencial para Dilma Rousseff, o que representa uma grande derrota politicamente.

Neves não se apresenta como um candidato competitivo para 2018. Por isso, não interessa mais. Na outra ponta do expecto político, surge um potencial nome: João Dória. O governador paulista Geraldo Alckmin seria outra opção. Aécio praticamente estará fora da disputa presidencial de 2018 e ainda corre sério risco de não se reeleger para senador ou perder se for concorrer ao governo mineiro.

A lógica de apoio e derrubada na política continua. Quando se serve o tratamento é um. Mas quando se percebe que o “objeto” deixa de ter retorno, o caminho é a retirada de apoio e consequentemente o ostracismo ou a queda nos patamares políticos. Aécio Neves parece ter percebido que o seu “time” político passou. Não consegue agradar nem o seu eleitorado mineiro. Sua base política já percebeu que ele prefere o fim de semana em sua cobertura no Leblon, área nobre do Rio de Janeiro, do que as demandas de seus conterrâneos. O herdeiro político de Tancredo, pelo visto, não aprendeu a seguir os caminhos do avô. A morte política de Aécio Neves está decretada?

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