“Eu fico”. Tem método

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite anunciou hoje que resolveu ficar no PSDB. O mandatário gaúcho estava em conversas avançadas com o PSD, de Gilberto Kassab, que havia lhe oferecido a legenda para que fosse candidato ao Palácio do  Planalto, após a desistência de Rodrigo Pacheco, atual presidente do Senado Federal.

Esperava-se que Eduardo resolvesse trocar de partido, principalmente após ser derrotado nas prévias tucanas pelo governador João Dória, hoje o nome do PSDB para a disputa presidencial. Todavia, o mandatário paulista não decola nas pesquisas, figurando em quinto lugar.

A decisão de Leite em ficar no ninho tucano coloca mais pressão em Dória, que passa a ter a sombra do gaúcho internamente. O “fico” também pode compor uma estratégia política de, quem sabe, substituir o próprio governador paulista na corrida presidencial, pois segundo pesquisas, Leite teria maior capacidade de crescimento, pois não carrega um alto índice de rejeição. Ambos configuram em pesquisa em torno de 2%, mas o gaúcho teria possibilidade de ser mais competitivo.

Diferente de Dória, Leite é cria do PSDB. Compõe as fileiras do partido há décadas. É considerado orgânico, algo que o paulista nunca foi. Pelo contrário, o mandatário paulista é visto (algo tratado no Blog do Branco por diversas vezes) como um desagregador, que implodiu o ninho tucano desde a sua chegada. É colocado na sua conta a saída do ex-governador Geraldo Alckmin, que ingressou recentemente no PSB, para ser vice na chapa do ex-presidente Lula.

Além de anunciar a sua permanência no ninho tucano, Eduardo Leite  anunciou a sua renúncia do cargo de governador do Rio Grande do Sul. Tal ação não lhe coloca na condição de candidato à Presidência da República, mas permite que seja, caso haja alguma oportunidade. Diversos tucanos afirmam que Dória poderá voltar da decisão de deixar o Palácio dos Bandeirantes. E se sair, poderá concorrer ao Senado. O Palácio do Planalto tornou-se um objetivo quase inatingível. Leite poderá substitui-lo? Segundo fontes, essa possibilidade existe. Ele aposta nisso. O “fico” tem método. A ver.

Imagem: reprodução Internet.

Henrique Branco

Formado em Geografia, professor das redes de ensino particular e pública de Parauapebas, pós-graduado em Geografia da Amazônia e Assessoria de Comunicação. Autor de artigos e colunas em diversos jornais e sites.

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