FAP 2017 e a disputa pelo governo do Pará

A FAP 2015, ano pré-eleitoral, escancarou a disputa política que o município de Parauapebas teria no ano seguinte, em 2016. Naquele ano, o maior evento público da “capital do minério” foi realizado em meio à conflitos de grupos políticos divergentes. A Prefeitura de Parauapebas, na gestão do então ex-prefeito Valmir Mariano, resolveu suspender qualquer parceria e patrocínio ao evento. Na época, quem dirigia o Sinproduz (Sindicato dos Produtores Rurais de Parauapebas), era Marcelo Catalão, que viria no ano seguinte a ser candidato a prefeito, ficando em terceiro lugar, com pouco mais de 16 mil votos.

No ano seguinte, 2016, o evento desidratou, por conta de ser às vésperas do processo eleitoral, com diversas limitações de captação de recursos em ano eleitoral e dentro do período de campanha. Este ano, novamente, 2017, a FAP voltou a ser realizada em ano pré-eleitoral. Em 2018, estará em jogo o governo do Pará, além de cadeiras ao Senado, Assembleia Legislativa e Câmara Federal. No caso do Pará, um nome está definido: Helder Barbalho (ainda no aguardo dos desdobramentos da operação Lava Jato). Do outro lado, dentro da bipolaridade político-eleitoral, está a indefinição do sucessor de Simão Jatene. Diversos nomes disputam a vaga.

Na edição atual, a FAP 2017, seguiu a lógica de um importante evento para a política. Na manhã do último domingo (10), foi realizada a sua versão social, com a presença do ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho. Sua comitiva foi recepcionada pelas autoridades municipais e correligionários de cidades vizinhas. Como de praxe, ao chegar às municipalidades, Helder, traz consigo diversas ações, obras e parcerias. Foi dessa forma que o auxiliar direto de Temer chegou e partiu.

Do campo político contrário, o governo do Estado se fez presente com o Pro-Paz (Vinculado à Casa Civil, o Pro Paz surgiu em 2004 como programa de governo. Foi estabelecido por meio do Decreto número 1.046, de 04 de junho de 2004 tendo como base a difusão da Cultura de Paz. Em 2015, o Pro Paz deu um passo importante que consolidou mais de 10 anos de atuação no Estado do Pará e passa a ser Fundação, criada pela Lei nº 8.097, de 1 de janeiro de 2015, ganhando status de  entidade  da  Administração  Direta, vinculada diretamente ao Gabinete do Governador).

Portanto, dentro dos limites físicos da Feira de Agropecuária de Parauapebas, o embate político estava posto. Horas depois, um dos pré-candidatos ao governo (mas que pessoalmente pensa mais no Senado Federal), presidente da Alepa, Márcio Miranda, desembarcou em Parauapebas. Seu expediente constava visita e levantamento de demandas junto ao Poder Judiciário local e entrega de certificados técnicos a dezenas de estudantes. No itinerário estava à ida a FAP.

A Feira Agropecuária de Parauapebas, diferente de anos anteriores, na edição atual, contou com considerável ajuda financeira da prefeitura, mesmo com o Palácio do Morro dos Ventos alegando aos quatro quantos da cidade que não há recursos, culpando a gestão passada pelo caos financeiro que o governo da oportunidade atravessa. No geral, a FAP foi um sucesso, com os costumeiros erros de organização, mas com saldo foi positivo.

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