Fim do “Lockdown” na RMB em meio ao quase colapso dos sistemas de Saúde

Na manhã deste sábado, 27, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), anunciou ao lado dos prefeitos de cinco municípios que compõe a Região Metropolita de Belém (RMB), que o bandeiramento preto, que significa na prática Lockdown, estará suspenso a partir das 21:00h da próxima segunda-feira, 29.

O bandeiramento na RMB voltará a ser vermelho, ou seja, diversas restrições continuarão, inclusive com o chamado “toque de recolher”, que é a proibição de circulação de pessoas entre 21:00h e 05:00h. A expectativa era que o lockdown fosse estendido mais uma semana por conta do elevado de ocupação de leitos de UTI e de enfermaria nos sistemas de saúde estadual e municipais que compõe a RMB. Segundo dados pesquisados pelo Blog do Branco no site: www.covid-19.pa.gov.br, na RMB a ocupação chega a 87,5% de leitos clínicos e 89,7% nas UTI.

A decisão segundo anunciado pelo governador em sua conta oficial no Twitter, diz que a definição pela não continuação da Lockdown se baseou em dados divulgados na reunião formada pelo Comitê Científico da Secretaria Estadual de Saúde (Sespa), prefeitos da RMB e representantes da UFRA. Nas redes sociais, o mandatário estadual recebeu diversas críticas por ter encerrado o bandeiramento preto na RMB, mesmo com a alta no nível de ocupação de leitos. Em níveis comparativos com os boletins diários de ocupação, percebe-se certa estabilidade, todavia, essa “queda” no crescimento de casos ainda está em nível elevado.

Helder Barbalho em sua atuação até aqui na pandemia, sempre recebeu muito mais elogios do que críticas. Porém, a decisão relatada aqui, inverteu. O mandatário estadual vem sendo criticado e muito cobrado pela decisão que, diga-se de passagem, não é unilateral, é validada pelo governador e prefeitos que compõe a Região Metropolitana da capital paraense. Mas não há dúvida que o peso e a palavra final são de Helder.

Basta uma rápida análise sobre os números do banco de dados da Sespa que se percebe que há aumento em diversos segmentos analisados: infectados, amostra em análise e óbitos. Em seguida da suspensão do lockdown, virá um feriado. Espera-se que essa trágica combinação não se reflita em um caos dentro de duas a três semanas. A ver.

Henrique Branco

Formado em Geografia, professor das redes de ensino particular e pública de Parauapebas, pós-graduado em Geografia da Amazônia e Assessoria de Comunicação. Autor de artigos e colunas em diversos jornais e sites.

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