A Forbes EUA divulgou no último dia 04, a sua lista global de bilionários de 2023. Os super-ricos brasileiros perderam espaço. Dos 62 integrantes do ranking divulgado em abril do ano passado, apenas 51 continuam tendo mais de US$ 1 bilhão em patrimônio.
1) Vicky Safra, 70 anos, e família:
Posição no ranking global: 100 (subiu)
Patrimônio líquido: US$ 16,6 bilhões (R$ 84,3 bilhões)
Vicky Safra e seus quatro filhos herdaram a fortuna do falecido bancário brasileiro Joseph Safra. Jacob Safra, 46, é responsável pelo banco suíço J. Safra Sarasin, pelo Safra National Bank de Nova York e pelos imóveis da família nos Estados Unidos. David Safra, 37 anos, administra o Banco Safra no Brasil e as participações imobiliárias brasileiras do Grupo J. Safra. Alberto Safra, 42, deixou a diretoria do Banco Safra em 2019 e mora em São Paulo.
No último ano, a Forbes juntou a fortuna dos irmãos com o patrimônio de sua mãe, o que os tornou as pessoas mais ricas do país.
2) Jorge Paulo Lemann, 83 anos, e família
Posição no ranking global: 108 (subiu)
Patrimônio líquido: US$ 15,8 bilhões (R$ 80,26 bilhões)
Jorge Paulo Lemann, controlador da Anheuser-Busch InBev, a maior cervejaria do mundo, também tem participações na Restaurant Brands International, controladora do Burger King e da rede de café canadense Tim Hortons. Sua empresa de private equity, a 3G Capital e a Berkshire Hathaway de Warren Buffett, controla a Heinz.
3) Marcel Herrmann Telles, 73 anos
Posição no ranking global: 165 (subiu)
Patrimônio líquido: US$ 10,6 bilhões (R$ 53,85 bilhões)
Marcel Herrmann Telles também é um dos acionistas controladores da Anheuser-Busch InBev, a maior cervejaria do mundo, com participação minoritária. Os outros dois controladores são Carlos Alberto Sicupira e Jorge Paulo Lemann, ambos bilionários. Ele também tem ações da Restaurant Brands International, controladora do Burger King e da rede de café canadense Tim Hortons, e participação na 3G Capital, empresa de private equity, dona da Heinz.
4) Eduardo Saverin, 41 anos
Posição no ranking global: 171 (subiu)
Patrimônio líquido: US$ 10,2 bilhões (R$ 51,82 bilhões)
Eduardo Saverin cofundou o Facebook (atual Meta) com o colega de Harvard Mark Zuckerberg em 2004. Agora no segmento de capital de risco, ele ainda obtém a maior parte de sua riqueza de sua pequena, mas valiosa, participação no Facebook. Em 2016, ele lançou o fundo de risco B Capital, com o veterano do BCG e da Bain Capital, Raj Ganguly. O fundo tem US$ 1,4 bilhão em ativos sob gestão. Nascido no Brasil, Saverin é residente de Cingapura desde que renunciou à cidadania americana em 2012, antes do IPO do Facebook.
5) Carlos Alberto Sicupira, 75 anos, e família
Posição no ranking global: 232 (subiu)
Patrimônio líquido: US$ 8,6 bilhões (R$ 43,69 bilhões)
A maior parte da riqueza de Carlos “Beto” Sicupira vem de suas ações da Anheuser-Busch InBev, a maior cervejaria do mundo, com cerca de 3% de participação. Sicupira e seus sócios, Jorge Paulo Lemann e Marcel Herrmann Telles, ambos bilionários, também possuem participações na Restaurant Brands International, controladora do Burger King e da rede de café canadense Tim Hortons, além da Heinz.
6) Alexandre Behring, 56 anos
Posição no ranking global: 511 (subiu)
Patrimônio líquido: US$ 5,2 bilhões (R$ 26,42 bilhões)
Alexandre Behring é cofundador e sócio-gerente da 3G Capital, uma empresa de investimentos multibilionária nascida no Brasil e liderada pelos EUA. Ele preside a Kraft Heinz e é copresidente da Restaurant Brands International, controladora do Burger King e da cadeia de café canadense Tim Hortons. Tendo entrado na lista de bilionários da Forbes pela primeira vez em 2020, Behring é uma figura bem conhecida no mundo de private equity. Seus sócios na 3G Capital incluem os bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. A 3G Capital tem participações na Kraft Heinz e na Restaurant Brands International.
7) André Esteves, 54 anos
Posição no ranking global: 580 (caiu)
Patrimônio líquido: US$ 4,7 bilhões (R$ 23,88 bilhões)
André Esteves começou sua carreira como estagiário no banco de investimentos brasileiro Pactual e acabou adquirindo o controle do banco. Esteves vendeu o Pactual para o gigante bancário suíço UBS em 2006 por US$ 3,1 bilhões, formando a subsidiária brasileira UBS Pactual. Em 2009, ele vendeu o UBS Pactual para a empresa de investimentos BTG e tornou-se presidente do conselho e CEO da nova empresa, chamada BTG Pactual. Ele foi acusado de obstrução da justiça na Operação Lava Jato e ficou preso por quase três semanas em 2015. Em dezembro de 2018, foi absolvido das acusações e voltou ao BTG como um dos sócios controladores.
8) João Moreira Salles, 61 anos e Walther Moreira Salles Junior, 66 anos
Ambos possuem a posição no ranking global: 679 (subiram) e o patrimônio líquido: US$ 4,1 bilhão (R$ 20,83 bilhões).
João Moreira Salles é documentarista, membro de uma das famílias bancárias mais antigas do Brasil. Seu falecido pai, Walther Moreira Salles, foi o fundador do Unibanco e ex-embaixador nos Estados Unidos. Em 2008, o Unibanco se fundiu com o Itaú, então o segundo maior banco comercial do Brasil, criando o Itaú Unibanco, o maior banco da América Latina. Moreira Salles e seus três irmãos, todos bilionários, também possuem participações na CBMM, principal fornecedora mundial do mineral nióbio.
O cineasta brasileiro Walther Moreira Salles Junior (também conhecido como Walter Salles) é membro de uma das famílias de banqueiros mais antigas do Brasil. Ele dirigiu mais de 20 filmes, incluindo ‘Diários de Motocicleta’ e ‘Central do Brasil’, indicado ao Oscar de 1998.
Posição no ranking global: 721 (caiu)
Patrimônio líquido: US$ 3,9 bilhões (R$ 19,81 bilhões)
9) Jorge Moll Filho, 77 anos, e família / Fernando Moreira Salles Júnior, 76 anos / Pedro Moreira Salles, 63 anos.
Posição no ranking global: 721 (caiu)
Patrimônio líquido: US$ 3,9 bilhões (R$ 19,81 bilhões)
Jorge Neval Moll Filho é cardiologista e empresário que fundou a Rede D’Or, uma das maiores operadoras de hospitais e laboratórios do Brasil. Ele começou com um laboratório de diagnóstico por imagem em 1977. Em 2010, a Moll vendeu a subsidiária Labs D’Or para a Fleury SA, de capital aberto, por mais de US$ 750 milhões.
Em 2015, a empresa de private equity Carlyle Group e o fundo soberano de Cingapura GIC compraram participações na Rede D’Or, por mais de US$ 500 milhões. Moll mora no Rio de Janeiro e é presidente do conselho de administração da Rede D’Or.
_____________________________________________________________________________
Posição no ranking global: 721 (subiu)
Patrimônio líquido: US$ 3,9 bilhões (R$ 19,81 bilhões)
Fernando é membro de uma das mais antigas famílias de banqueiros do Brasil. Moreira Salles e seus três irmãos, todos bilionários, também possuem participações na CBMM, maior fornecedora mundial do mineral nióbio. Da família, apenas ele e o irmão, Pedro Moreira Salles, atuam efetivamente na administração do Itaú Unibanco, como presidente e conselheiro, respectivamente.
_____________________________________________________________________________
Posição no ranking global: 721 (subiu)
Patrimônio líquido: US$ 3,9 bilhões (R$ 19,81 bilhões)
Pedro Moreira Salles é membro de uma das mais antigas famílias de banqueiros do Brasil. Seu falecido pai, Walther Moreira Salles, foi o fundador do Unibanco e ex-embaixador nos Estados Unidos. Em 2008, o Unibanco se fundiu com o Itaú, um dos maiores bancos comerciais do Brasil, criando o Itaú Unibanco, o maior banco privado da América Latina. Moreira Salles e seus três irmãos, todos bilionários, também possuem participações na CBMM, principal fornecedora mundial do mineral nióbio. Ele é copresidente da Cambuhy, empresa de private equity que fundou em 2011 com outros três financiadores.
10) Maurizio Billi, 65 anos
Posição no ranking global: 818 (subiu)
Patrimônio líquido: US$ 3,5 bilhões (R$ 17,78 bilhões)
Maurizio Billi é presidente da Eurofarma, empresa farmacêutica sediada no Brasil que vende versões genéricas de medicamentos como o Viagra. A Eurofarma foi fundada por seu pai em 1972 e se tornou uma das maiores empresas farmacêuticas do Brasil, com faturamento superior a US$ 1 bilhão. A empresa, que expandiu para as Américas Central e do Sul através da aquisição de fornecedores médicos, laboratórios e outras empresas farmacêuticas, afirma que cresceu 17% em média nos últimos 15 anos. Atualmente, emprega mais de 6 mil pessoas.
Com informações Fobes Brasil (adaptado pelo Blog do Branco).
Imagem: reprodução Internet.