Helder Barbalho inocentado. A pressão contra Jatene aumenta

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Uma das maiores esperanças que vinha sendo cultuado no ninho tucano era o processo que tramitava no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará contra Helder Barbalho. A ação foi movida  pela coligação “Juntos pelo Pará”, a qual Simão Jatene era o principal candidato, na disputa eleitoral de 2014. A ação como base acusatória aponta a questão do uso do poder econômico, além de se utilizar do império de comunicação da família Barbalho em favor de Helder.

O objetivo político era claro: tornar Helder inelegível, portanto, fora da disputa ao Palácio dos Despachos, em 2018. Com o herdeiro político de Jader fora da disputa, as chances da dinastia tucana continuar seriam maiores do que as primeiras pesquisas apontam e o próprio cenário político-eleitoral sinaliza.

A decisão ocorreu no último dia 16. Cinco dos juízes votaram pela absolvição e somente o relator, Roberto Moura, votou pela condenação do denunciado. O Ministério Público Federal, autor da denúncia deve recorrer da decisão, por ainda sustentar que as provas apresentadas têm base legal e são provas claras do objeto de acusação.

As primeiras pesquisas apontam a liderança de Helder Barbalho na disputa pelo Palácio dos Despachos. Reflexo de dois pontos claros: o desgaste da imagem do PSDB no governo do Pará (em 2018 serão 20 anos governando o Pará, 16 deles interruptamente) e as ações que Helder vem promovendo desde 2015 em solo paraense, desde quando se tornou ministro da Secretária de Pesca e até chegar na poderosa pasta da Integração Nacional, já no governo Temer.

De 2017 até 2020 pela rubrica do Ministério da Integração Nacional deverá somar em investimentos no Pará o montante de investimentos em diversos setores produtivos, via Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) e Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA). Estrategicamente Helder vai “amarrando” acordos com os mandatários municipais. Segundo informações colhidas pelo blog, 1/3 dos 144 prefeitos paraenses já estariam apalavrados com o ministro paraense.

Simão Jatene ainda não decidiu quem será o seu substituto. Se já o fez, não deverá divulgar o nome antes da hora certa (possivelmente em abril de 2018, no prazo limite do processo de desincompatibilização exigido pela justiça eleitoral) e a absolvição de Helder aumenta a pressão, pois Jatene não pode errar nos acordos e nome que indicará para manter o seu grupo político controlando a máquina estatal.

Mesmo com o MPF recorrendo da decisão, dificilmente a decisão será revertida. Portanto, Helder Barbalho continuará a sua caminhada em direção ao Palácio dos Despachos, para o desespero do ninho tucano paraense.

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