O pequeno município de Itupiranga, no Sudeste paraense, vive um cenário de caos, deixado pelo ex-prefeito Benjamin Tasca (MDB), que ao perder o pleito passado, em retaliação à derrota, permitiu toda e qualquer desordem por seus auxiliares, impactando, infelizmente, na prestação de serviço público à sociedade itupiranguense.
O prefeito eleito, Wagno Godoy, do PP, ex-vereador, conseguiu vencer uma disputa considerada por muitos como “Davi x Golias”, pois Tasca já tinha governado outras vezes o município, instaurando uma verdadeira dinastia que travou o desenvolvimento de Itupiranga.
Godoy, infelizmente, não pôde contar com um processo correto de transição, que teria possibilitado um começo de gestão menos dificultoso. Ao tomar posse, o novo mandatário teve a real noção do caos que recebeu o município, como postos de saúde sem remédios; escolas sem a mínima condição de uso; maquinários parados, sem peças; secretarias sem mobílias, e por aí vai. Só para se ter uma noção, o salário do mês de dezembro dos servidores da Saúde não foi sequer pago pela gestão anterior.
Uma dívida de R$ 125.331,56, referente ao fornecimento de água no município, foi deixada pelo ex-prefeito Benjamin Tasca para a atual gestão. O débito, acumulado entre junho de 2023 e novembro de 2024, foi apresentado à administração do novo prefeito, Wagno Godoy (PP), no último dia 06, por representantes da empresa responsável pelo serviço.
Para completar o cenário penoso, as contas da prefeitura estavam quase zeradas, ou seja, sem o mínimo de recurso para providências mais urgentes por parte do novo gestor, que aguardava o repasse constitucional para aliviar as contas e iniciar os trabalhos.
Na data de hoje, 10, Itupiranga recebeu a o primeiro decêndio em relação ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que somou pouco mais de R$ 1,3 milhão. O que parecia ser um socorro muito bem-vindo, virou “água”, por conta dos débitos da gestão passada e que deixou no “negativo” as contas da prefeitura.
Mesmo com a cobertura – via FPM – as informações que o Blog do Branco recebeu é que as contas continuam no vermelho, inviabilizando qualquer ação por parte do prefeito Wagno Godoy. Infelizmente, por parte de quem não sabe perder e não tem espírito republicano, além de não respeitar a democracia, quem paga a conta é a população, sobretudo, os mais necessitados.
Imagem: Gazeta Carajás