Mais um “golaço” de Alckmin

Após contínuo processo de indefinição da escolha de vice (algo geral em todas as candidaturas presidenciais na atual disputa eleitoral), Geraldo Alckmin apresentou quem irá compor a sua chapa: Ana Amélia, senadora do PP do Rio Grande do Sul.

A escolha segue uma clara estratégia política do ex-governador de São Paulo. Primeiro, ela dividirá os votos na região sul, haja vista – se mantida a candidatura do senador Álvaro Dias (Podemos) – que Alckmin não teria a predominância eleitoral. Segundo, por seu perfil, a senadora proporcionará a Alckmin avançar sobre alguns eleitores “bolsonaristas”; terceiro, tem ótimo trânsito no setor agropecuário; quarto, é percebida como uma mulher independente e honesta para um vasto segmento eleitoral, concentrado no campo centro-direita.

No período de pré-campanha, inegavelmente, Geraldo Alckmin torna-se um candidato competitivo. Em condições (ainda no campo teórico) de possibilitar ao PSDB retornar ao Palácio do Planalto após duas décadas, incluindo quatro derrotas eleitorais consecutivas para o PT. A primeira quinzena da campanha será decisiva para o ex-governador de São Paulo. As condições políticas atuais lhe são favoráveis; contudo, precisa crescer de forma sustentável. Avançar sobre os seus adversários diretos e que lhe tomam votos (ou no mínimo dividem grande parte do seu eleitorado): Jair Bolsonaro e Marina Silva.

A escolha de Ana Amélia poderá (me reservo o direito da dúvida) ser para Alckmin, o antídoto para quebrar – ao menos em parte – o mal-estar decorrente do apoio do chamado “blocão”. A senadora gaúcha foi apresentada como sendo uma escolha pessoal do tucano, o que transmite a ideia ao eleitorado de que o ex-governador de São Paulo tem a total capacidade de escolha e independência para definir a sua composição de chapa, retirando assim – na percepção do eleitorado – que a aliança feita com a ampla gama de partidos, faria de Alckmin uma marionete.

Subestimar o adversário ao desqualificar as suas conquistas não é o melhor caminho competitivo. Política se faz através de convergência. No atual sistema político-eleitoral brasileiro, a questão é fundamental. Ganhar isolado – ainda mais na atual conjuntura – não passa do acaso, de uma exceção tremenda, já dizia Carlos Andreazza.

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