Mais uma metamorfose; PSDB poderá mudar de nome

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A exemplo do DEM, que em 2007 mudou de nome, abandonando a sigla PFL (Partido da Frente Liberal) e tornando-se apenas “Democratas”, sendo a primeira agremiação partidária brasileira desde o fim do bipartidarismo, em 1979, a não ter o “Partido” no nome, e também cuja sigla não é um acrônimo; seguindo essa estratégia o PSDB poderá também mudar de nome.

Tudo dependerá da eleição para a presidência do partido, que ocorrerá em maio. Quem defende essa mudança é o ex-ministro e ex-deputado federal Bruno Araújo, um dos pré-candidatos à Presidência do partido, e conta com total apoio do governador de São Paulo, João Dória, hoje o maior nome dentro do ninho tucano.

Segundo dito à Veja, caso vença – e hoje desponta como um dos favoritos – Araújo irá encomendar uma ampla pesquisa sobre a imagem do partido. A questão sobre um novo nome para a legenda será abordada e tem boas chances de ocorrer a alteração no nome. 

Como já abordado em outros textos por este blog, o futuro da referida legenda ainda é incerto. O resultado das urnas das últimas eleições foi um duro golpe político ao PSDB. A diminuição da musculatura política em âmbito nacional foi notório. Logo após o resultado de primeiro turno, este blog tratou da questão no artigo intitulado: “A derrota histórica de 2018 e o futuro incerto do PSDB”, em que foi feito um raio-x sobre a questão. A legenda teve quase 50% de redução em sua bancada na Câmara Federal ao sair de 54 cadeiras para 29 na atual legislatura. No Senado Federal a queda foi de 12 para 8 cadeiras.

O Bolsonarismo descolocou político-eleitoralmente o PSDB. Os tucanos ficaram sem campo ideológico e programático para atuar junto ao eleitorado. A votação de Geraldo Alckmin na última disputa eleitoral foi a menor entre todas que o PSDB participou, desde 1994. Sem uma mudança interna – que não seja só visual e nominal – os tucanos terão outra derrota significativa nas eleições municipais do próximo ano. A ver.

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