A relação entre o prefeito Toni Cunha e a Câmara Municipal de Marabá, como se sabe, anda tensa. Agora, com a tentativa de reduzir o pagamento das emendas impositivas, a situação chegou a um novo patamar de conflito.
As emendas parlamentares são instrumentos importantes para os vereadores. Elas financiam projetos, beneficiam comunidades e fortalecem a atuação política de quem está na base. Reduzi-las é, na prática, comprar uma briga direta com todos os parlamentares de uma só vez
Mas Toni não apenas subestima o Legislativo, como parece provocar a Câmara de forma constante, alimentando um desgaste que só enfraquece sua própria gestão, além de minar à sua própria popularidade.
Toni precisa acordar para o óbvio: o atual prefeito ainda não entendeu que a eleição acabou. Depois de 6 de outubro, o jogo muda. E quem tem visão política já estaria repetindo aquela velha máxima: “A política é a arte de engolir sapo com sorriso no rosto”.
Só que, em vez de articulação, Toni escolheu a truculência. E se ele acha que isso soa como força, alguém da comunicação dele precisa avisar: já está soando como desespero. Outro ponto: em emenda parlamentar… Nem os loucos mexem.
Entre vaidade, ego e uma dose preocupante de soberba, Toni entrou numa batalha desnecessária. Como dizem por aí: “isso é coisa de amador.” Pior: foi para a guerra com a Câmara sem ter soldados. Para alterar as emendas, seriam necessários no mínimo 14 votos — algo que ele claramente não tem. E, o mais grave: nem parece interessado em dialogar.
Resultado? Perdeu antes mesmo de começar. A derrota está desenhada, e o estrago político, em curso. Agora, só nos resta acompanhar os próximos capítulos dessa guerra de vaidades. Mas uma coisa é certa: quem tenta governar sozinho, acaba isolado. E em política, isolamento é o caminho mais rápido para o fim.
Imagem: fotomontagem