Mineradora Vale divulga resultados financeiros do 2º trimestre (2T23)

No último dia 27, a mineradora Vale tornou público o seu balanço contábil referente ao segundo trimestre do ano corrente. O desempenho no geral foi menor quando se compara com o mesmo período do ano passado. O destaque maior é a queda em 78% de seu lucro líquido, que foi de US$ 892 milhões. Já a receita líquida de vendas da companhia recuou 13,3% no segundo trimestre deste ano ante o mesmo período do ano anterior, somando US$ 9,673 bilhões.

A variação negativa dos preços também afetou o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da companhia, que anotou uma queda de 26,3% em base anual, para US$ 3,8 bilhões. Já o indicador proforma, que exclui as despesas relacionadas a Brumadinho, caiu 25,1% e chegou a US$ 4,1 bilhões.

Uma das poucas altas do balanço apareceu na linha de um indicador cuja subida costuma preocupar os investidores: a dívida líquida da Vale cresceu 67,3%, passando de US$ 5,3 bilhões no segundo trimestre de 2022 para US$ 8,9 bilhões entre abril e junho deste ano.

Além desta questão impactante, outra inversamente proporcional chama atenção: a distribuição de R$ 8 bilhões em JCP (Juros sobre Capital Próprio), o que corresponde a cerca de R$ 1,91 por ação. Fica, portanto, a pergunta: se os números foram ruins, por que a Vale vai pagar proventos bilionários?

Para a queda significativa do lucro da empresa, o analista de mercado Fernando Ferrer, especialista em acompanhar os balanços do setor mineral, deixa claro que a base comparativa (2022) é muito fora da curva, chega a ser artificial. Ele explica que a guerra entre Rússia e Ucrânia, fez com que o minério de ferro (carro-chefe) da Vale, disparasse, o que provocou um grande aumento nos lucros. Na sequência, no segundo semestre os preços foram caindo, ou melhor, se estabilizando.

Em contrapartida, comparando os resultados do 2T23 com o primeiro trimestre deste ano, os números vieram em linha com a expectativa do analista, e ele afirma que é possível observar uma evolução da companhia. O Ebitda ajustado, por exemplo, cresceu 12% em relação ao 1T23.

A tendência é melhorar. Por que? Basta olhar para a China. Ferrer pontua que as políticas de estímulo à economia daquele país podem beneficiar a Vale, visto que os incentivos da potência asiática tendem a elevar o preço do minério de ferro.

Historicamente, o segundo semestre é de recuperação em relação ao primeiro. Os próximos balanços trimestrais confirmarão essa retomada dos bons índices, porém, sem atingir possivelmente, os níveis de fechamento anual de lucro e produção de 2022.

Com a possibilidade de queda na produção em 2023 em comparação ao ano anterior, pior para Parauapebas.

Imagem: reprodução Internet. 

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