O Vice-presidente, Hamilton Mourão vai se firmando como a voz mais sensata, moderada do governo. Sua narrativa tem efeito reparador, de conteúdos, por exemplo, que diversos ministros produzem. Essa questão está mais do que clara.
Mourão deixou de lado a inércia que culturalmente o cargo que exerce impõe, para ser uma voz ativa e atuante no cotidiano palaciano. Participa de reuniões, é consultado a todo momento, além de ter seus posicionamentos respeitados e considerados. É um vice que confirma o que disse na campanha: ser um auxiliar direto do presidente Bolsonaro.
Atualmente vem exercendo a função de “bombeiro” dialético, tamanho é o nível de trapalhadas que o governo consegue produzir. A última foi a entrevista que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles deu ao programa Roda Viva, em que diminuiu a importância histórica do líder ambientalista Chico Mendes. No dia seguinte, Mourão tocou no assunto e reconheceu a importância do ex-seringueiro para a história brasileira.
Mourão, general da reserva, recebeu a Central Única dos Trabalhadores (CUT) para conversar. A atitude foi criticada por diversos membros do governo. Hamilton – como já dito em outro texto – é o ponto fora da curva (Leia Aqui). Uma voz que destoa do resto do primeiro escalão governista. Mas isso não é de graça. Essa postura mais ao centro, democrática e sensata, tem um preço. Qual será? E qual o objetivo em ser assim, digamos “diferente”?
A imagem de Mourão é a mais bem avaliada. Conseguiu criar uma aceitação ao seu nome que impressiona. Ele está se transformando no iluminista da gestão Bolsonaro… Quem diria!