Na funcionalidade de um governo há diversas engrenagens. Cada uma delas completa um todo. Esse todo é que coloca a grande máquina pública para funcionar, ou não, dependendo do caso. O governo Darci Lermen dentro da sua estrutura organizacional, ao iniciar a sua gestão trouxe diversos arranjos institucionais, dentre eles a Coordenadoria Municipal da Juventude (CMJ), pasta que concentra as políticas públicas juvenis parauapebenses.
Há um mês o então coordenador da juventude, Rafael Ribeiro, deixou o cargo para assumir uma cadeira de vereador na Câmara Municipal de Parauapebas, haja vista, que o vereador José das Dores Couto virou secretário municipal de saúde, e Rafael era o primeiro suplente do PMDB. A saída de Ribeiro desencadeou intensa disputa pela cadeira de coordenador da Juventude. O PMDB local, dirigido pelo secretário de Administração, Cássio Andrade, indicou o presidente municipal do PMDB Jovem, Yuri Sobieski para a referida coordenadoria.
Rafael Ribeiro não concordou com a indicação de seu desafeto político, desde a época da juventude para o seu lugar, o que criou grande impasse. O prefeito Darci nunca quis influenciar na definição, sempre deixou que seus subordinados decidissem. Rafael buscou articular com o ex-prefeito de Curionópolis, Chamonzinho, e por tabela, com o vereador Luiz Castilho para a indicação das duas vagas para o comando da CMJ. Marcelly Negrão e Werbeth Santos (fundador do Pros Jovem em Parauapebas, em 2014).
Em jogada de mestre, em cima da hora, ambos foram filiados ao PMDB, com suas respectivas fichas abonadas pelos dois maiores ícones paraenses da legenda: Jader e Helder. Assim, por questão regimentar, poderão assumir seus cargos. A decisão enfraquece o grupo político de Cássio Flausino e cria atritos dentro do governo, além de mostrar a força política de Chamonzinho dentro do Palácio do Morro dos Ventos. Em meio a essa queda de braço entre ambos está a disputa por uma cadeira na Alepa.
Informações colhidas pelo blog com lideranças juvenis e dirigentes da ala jovens dos partidos, afirmam que a dupla escolhida não é do agrado do movimento estudantil parauapebense e que a insatisfação é geral. Esse é mais um caso da falta de um articulador político, que só Darci tentando fazer (isso quando o mandatário quer) tal função não resolve.
A disputa por uma cadeira na Assembleia Legislativa começa a esquentar.