Nos últimos dois anos, pela primeira vez, Brasil registrou deflação

O principal índice de preços do país teve, em julho, a primeira deflação mensal em mais de dois anos. Os combustíveis e a energia provocaram a queda do IPCA, mas a maioria dos produtos consumidos pelas famílias e o setor de serviços continuaram sofrendo os efeitos da inflação.

O que seria deflação? Em economia, deflação é um fenômeno em que os preços de produtos e serviços caem em determinado período. É um movimento contrário ao da inflação, quando os preços sobem. Uma de suas causas é uma determinada crise econômica, quando os consumidores compram menos e forçam as empresas a reduzirem seus preços.

Tudo porque, os combustíveis, que pesavam tanto no orçamento dessa família, tiveram forte queda em julho: a gasolina teve redução de 15,48% e o etanol, 11,38%. O GNV também baixou, e o diesel foi o único combustível que ficou mais caro em julho.

Vale lembrar que a diminuição dos preços dos combustíveis foi influenciada pelo corte de ICMS nos estados, aprovado pelo Congresso há poucos meses da eleição, e por reduções de preços praticados pela Petrobras nas refinarias. O teto no imposto também ajudou a energia elétrica residencial, além da revisão tarifária feita por distribuidoras pelo país. Esses são itens essenciais e têm muito peso no cálculo do IPCA. Principalmente os combustíveis foram os responsáveis pelo recuo de 0,68% da inflação em julho; é a chamada deflação.

Para a felicidade do Palácio do Planalto que, às vésperas de um processo eleitoral, deverá saber usar muito bem esse momento econômico ao seu favor.

Mas se faz necessário jogar luz sobre o assunto de forma mais ampla. A deflação, por exemplo, só foi registrada em dois dos nove grupos pesquisados. Se resumiu a transportes e habitação. O primeiro por conta da queda dos combustíveis; o segundo pela redução da energia elétrica. Por outro lado, os outros sete continuam subindo; alguns até subiram mais em relação ao mês anterior.

Especialistas falam que essa redução nos transportes e na energia elétrica, como sabemos é temporário. Não há garantias de que permaneça. E afirmam ainda que, podemos caminhar para um ano de 2023 ainda mais desafiador sob o ponto de vista econômico, do que o corrente. A ver.

Com informações do Portal G1 (adaptado pelo Blog do Branco). 

Imagem: ClimaTempo. 

Henrique Branco

Formado em Geografia, professor das redes de ensino particular e pública de Parauapebas, pós-graduado em Geografia da Amazônia e Assessoria de Comunicação. Autor de artigos e colunas em diversos jornais e sites.

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