O dilema do Goeldi

O Museu Paraense Emílio Goeldi é uma instituição pública que foi fundada em 1871, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia do Governo Federal, localizada no município brasileiro de Belém, capital do estado do Pará. Foi vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, devido possuir acervos de conhecimentos nas áreas de ciências naturais e humanas relacionados à Amazônia, além de promover pesquisas e estudos científicos dos sistemas naturais e culturais da região. É a mais antiga instituição na região amazônica e reconhecido mundialmente como uma das importantes instituições de investigação científica sobre a Amazônia brasileira.

A primeira vez que este Blog tratou da referida instituição foi no início de dezembro de 2017. O artigo fez referência, a época, ao receio que o Museu fechasse de vez as portas por causa do corte de verbas do Governo Federal (O governo Temer havia reduzido diversos repasses do Ministério de Ciência e Tecnologia), o que representava o montante de 44% dos investimentos em pesquisas naquele ano (2017).

O então ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho tomou à frente do caso, e solicitou ao então presidente Michel Temer que pudesse intervir para que o Museu Goeldi não fechasse. A intervenção do herdeiro político de Jader, surtiu efeito, e a referida instituição conseguiu se manter para o ano seguinte (2018).

Agora, o problema está de volta. Em matéria assinada pelo jornalista Luiz Flávio, vinculada na edição do último domingo (28) do jornal Diário do Pará, apontou que houve significativo corte no orçamento da instituição, que foi reduzido de R$ 15,4 milhões para cerca de R$ 11,3 milhões, o que rebaixa na média a menos de um milhão de reais por mês, permitindo, por exemplo, apenas o pagamento de custeio, zerando os investimentos (isso se tratando de uma instituição de pesquisa).

Infelizmente a tesão volta a tomar conta de todos que estão envolvidos direta e indiretamente ao Museu. Se não houver – como ocorrido em 2017 – pressão política e social, uma das mais importantes instituições de pesquisa do país poderá praticamente fechar. O país que se diz do “futuro”, é o mesmo que fecha a porta para algo fundamental: Ciência, Pesquisa e Tecnologia. 

Henrique Branco

Formado em Geografia, professor das redes de ensino particular e pública de Parauapebas, pós-graduado em Geografia da Amazônia e Assessoria de Comunicação. Autor de artigos e colunas em diversos jornais e sites.

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