O fim de uma Era

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Ontem, 08, o segundo mais longínquo reinado do planeta se encerrou com a morte da rainha Elizabeth II, aos 96 anos, na Escócia, em uma de suas residências de descanso. Um reinado que durou 70 anos. O filho mais velho, o príncipe Charles, assumirá o trono aos 73 anos, sendo o mais velho a se tornar rei. Se chamará Charles III.

Inegavelmente, Elizabeth II foi uma rainha muito popular, de altos e baixos. Quando a princesa Diana morreu, em 1997, foi um dos seus piores momentos no trono, em que a família real foi muito questionada, sobretudo no tratamento dispensado a ex-mulher de Charles. Todavia, nos últimos anos, a rainha reuniu em torno de si, uma boa imagem.

Elizabeth II tornou-se rainha aos 25 anos de idade, em 1952, após a morte do pai, o rei George VI, e foi coroada no ano seguinte. Na época, o primeiro-ministro era Winston Churchill. Ao longo de seu reinado, ela conheceu 15 premiês. Embora fosse oficialmente chefe de Estado, a monarca teve papel mais formal e cerimonial. Neutra em assuntos políticos, ela testemunhou eventos históricos, como a desintegração do império britânico, as mudanças sociais do pós-guerra, a Guerra Fria e, mais recente, o Brexit. O seu longo reinado, conheceu 15 primeiros-ministros britânicos.

Embora fosse oficialmente a chefe de Estado, o papel da soberana é eminentemente formal e cerimonial. Mesmo recebendo semanalmente o primeiro-ministro em audiência, ela permaneceu neutra nos assuntos políticos e sempre manteve um forte senso de responsabilidade civil e religiosa – como chefe de estado e da igreja Anglicana.

Era normal eu, este que vos escreve, brincar em sala de aula com os alunos sobre a idade e extenso reinado de Elizabeth, a quem chamava de “androide”, justamente por achar que viveria séculos. Seu filho Charles não seria rei, pois morreria – de velhice – antes de sua mãe. Seu filho Willian teria o mesmo destino de seu pai, e Elizabeth seguiria firme e forte em seu infindável reinado. Claro que tudo isso era para descontrair.

O futuro da Monarquia

Possivelmente, em novembro, Charles assumirá oficialmente o trono inglês. É sabido nos quatro cantos do Reino Unido que o novo rei não reúne um bom nível de popularidade. Não terá – mesmo com muito esforço – a mesma aceitação que a sua mãe teve. Pela idade avançada, o reinado de Charles III terá no máximo duas décadas. Apesar de ser cultural, nos últimos anos cresceu movimentos que questionam a permanência de uma monarquia-parlamentarista. Com o novo rei, menos popular, essa questão tende a aumentar. A ver.

Imagem: CNN Brasil. 

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