O leque de cartas de Helder

A pergunta mais feita neste momento em relação ao processo eleitoral que se aproxima (e que poderá ser adiado, se a questão da pandemia de coronavírus continuar) em relação à disputa pelo Palácio Antônio Lemos, sede da Prefeitura de Belém: quem terá o apoio do governador Helder Barbalho? 

Quem faz esse tipo de indagação, desconhece os meandros do processo político; não sabe fazer, por exemplo, a leitura apropriada dos sinais vindos das posturas dos agentes políticos que movem as peças do tabuleiro. Primeiro, Helder na condição de governador, tem como prioridade conquistar a cadeira política mais importante da capital paraense. E terá como tática não definir um único candidato. A máquina estadual não estará a serviço de um só nome. 

O mandatário da política paraense apoiará nos bastidores diversas candidaturas. E isso poderá produzir duas a três opções do agrado do Palácio do Governo. Nesse balaio poderá ter Psol, PT, Podemos, PP, e claro o MDB. Quem for ao segundo turno entre essas opções, terá o apoio direto da máquina estadual.

Helder só tem um inimigo dentro da esfera político-partidário: PSDB. É o único partido que o governador quer ver longe do Antônio Lemos e de qualquer outro importante paço municipal. O resto estará sob seu radar, mesmo não sendo de sua preferência.

A ida de Ursula Vidal ao Podemos segue essa lógica de pulverização das opções palacianas. Dentro de seu governo, Helder tinha outras – em outro cenário analisado pelo Blog – opções. O nome de seu vice, Lúcio Vale, vinha mantendo considerável nível de agrado do governador, porém uma operação da Polícia Federal, que acusa Vale de malfeitos com recursos públicos, foi um duro golpe nas pretensões eleitorais do governador em relação ao seu vice. Vidal – como já dito neste espaço – teria a simpatia do chefe do Executivo estadual, não sendo a melhor opção do chefe, mas, talvez, dependo as circunstâncias, a mais viável eleitoralmente. 

Portanto, não haverá um nome apoiado diretamente por Helder no primeiro turno. E sim vários. A ordem e o objetivo, assim como ocorreu na disputa pelo governo do Pará, é por fim ao ciclo tucano no Palácio Antônio Lemos, que, diga-se de passagem, não será uma missão difícil, tendo como base a péssima gestão que o prefeito Zenaldo Coutinho ostenta. 

No ninho tucano ainda há questões a serem resolvidas. A maior delas é saber se o ex-governador Simão Jatene será ou não candidato. Coutinho não quer. Se Jatene for e vier a ganhar a Prefeitura de Belém, deverá se cacifar para o disputar o governo do Estado, em 2022, o que encerraria a pretensão de Zenaldo de disputar o posto político máximo da política paraense e o empurraria novamente em direção ao planalto central brasileiro. A ver. 

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