Há duas semanas, o vereador José Ramos, do Avante, conhecido como “Zé da Lata”, assumiu uma missão, na verdade uma estratégia política: ser o novo “fiscal do povo”, papel que foi exercido nos últimos quatro anos por seu filho, Aurélio Ramos, que prefere substituir o sobrenome por “goiano”, mas que foi encerrado após o mesmo se tornar prefeito de Parauapebas.
Pois bem, Zé da Lata se apossou do mesmo colete que o identifica como “fiscalizador” da gestão do próprio filho, o fazendo visitar repartições públicas com intuito de avaliar e acompanhar o atendimento à população. O mesmo centrou suas atuações na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e no Hospital Municipal de Parauapebas (HMP). Em suas redes, o citado vereador vem mostrando a dificuldade que os cidadãos passam para serem atendidos, assim como cobrando melhorias para um atendimento de melhor qualidade.
Zé da Lata também segue visitando vias públicas, em especial em bairros mais afastados do centro, em que a infraestrutura é bem precária, mostrando as dificuldades e buscando soluções para os problemas. O que parece ser uma ação louvável, atuação de ofício de um vereador, que é a de fiscalizar o Poder Executivo, esconde, na verdade, uma estratégia política: ocupação de espaço, de atuação. evitando que a um agente político da oposição assuma tal tarefa ou perfil.
Por isso, Zé da Lata seguirá sendo o novo “fiscal do povo”, na condição de vereador fiscalizado a gestão do prefeito, neste caso seu filho. Tal modus operandi tem método, segue uma estratégia política visando manter o papel fiscalizador em “casa”.
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