O ressentimento e o apoio “crítico”… Da Europa

Ciro Ferreira Gomes não figurou entre os dois mais bem votados do primeiro turno, portanto, ficou de fora do segundo, mas é como estivesse nele. Seu nome ainda é muito falado, para o bem ou para o mal. A polêmica gira em torno da decisão que o pedetista tomou após o fim do resultado do primeiro turno, com a confirmação do embate entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. Três dias após o resultado definitivo ter sido divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ciro Gomes resolveu deixar o país, com a justificativa de tirar férias, descansar com a família no “Velho Continente”.

O seu partido, o PDT, declarou apoio “crítico” a Haddad, ou seja, liberaria os seus filiados para apoiar o petista ou escolher a neutralidade na disputa. O que ficou proibido foi apoio a Jair Bolsonaro. Segundo o presidente do PDT, Carlos Lupi, Ciro não subirá em palanque petista, não tirará fotos com Haddad e nem participará de agenda de campanha. A proposta do partido é ser oposição independente de quem vença a eleição.

Neste contexto, há, sem dúvida, certo revanchismo contra o PT, especialmente em relação as decisões e escolhas de Lula, que ao mexer as peças do tabuleiro, isolou Ciro Gomes no período de pré-campanha. A relação de Ciro Gomes com o PT começou a estremecer antes mesmo do início da campanha eleitoral. Para tentar isolá-lo na disputa, o Partido dos Trabalhadores costurou uma aliança com o PSB e renunciou a candidaturas próprias para evitar o apoio a Ciro de seus antigos colegas de partido no Nordeste.

Além disso, em Minas Gerais, o PSB retirou a candidatura de Marcio Lacerda e determinou o apoio peessebista à reeleição de Fernando Pimentel (PT). Lacerda resistiu à orientação e manteve a candidatura, iniciando uma disputa jurídica com o PSB Nacional. No entanto, depois acabou se retirando da disputa e anunciou sua desfiliação do PSB.

O PDT ao tomar essa decisão, além da postura de Ciro Gomes de ficar à distância, ládo outro lado do Atlântico, claramente é uma estratégia política, talvez, de olho em 2022, além do revanchismo do ex-governador cearense em relação ao PT. Como dito antes por este blog, Gomes sempre ostentou a menor rejeição nas pesquisas entre os mais bem colocados. Independente de quem vença a eleição no próximo dia 28, o clima de tensão, de crise política, deverá continuar. E sabe-se lá como a economia do país irá se comportar, como, por exemplo, o mercado financeiro irá reagir a um possível governo Bolsonaro?

O futuro é incerto e nebuloso. É nisso que Ciro Gomes se agarra para se apresentar, quem sabe, como o “salvador da pátria”, em 2022. Isso se ocorrer o próximo processo eleitoral presidencial.

Henrique Branco

Formado em Geografia, com diversas pós-graduações. Cursando Jornalismo.

#veja mais

Demanda anual por cobre deve aumentar 24% até 2035

De acordo com projeções da Wood Mackenzie, no cenário base a demanda total por cobre deverá aumentar 24%, para 42,7 Mtpa, até 2035, impulsionada principalmente

Conselheira do TCM suspende compra de ônibus pela Prefeitura de Belém por suspeita de superfaturamento

Nada que esteja ruim que não possa piorar. Essa usual frase se aplica perfeitamente ao prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, do Psol, que a cada

Alepa realiza cerimônia de posse da Mesa Diretora eleita para o biênio 2025-2027

Conforme determina o Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), a Mesa Diretora eleita para o biênio 2025-2027 foi empossada neste primeiro dia do

Quem será o ordenador de quase R$ 100 milhões?

Os bastidores políticos em Parauapebas estão agitados por conta da montagem do “novo” governo e pela eleição da Presidência da Câmara de Vereadores. Quem irá

Líder supremo do Irã anuncia presidente interino

O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, anunciou cinco dias de luto público depois que um acidente de helicóptero matou o presidente Ebrahim Raisi, o

QUEM NÃO TEM CÃO…

O texto analisa o atual cenário socioeconômico de Parauapebas, marcado por retração do comércio, aumento do desemprego e escoamento de recursos públicos para empresas de