O super governador

Conforme abordado pelo blog em seu último post, o governador eleito Helder Barbalho terá amplo apoio na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). Se os acordos feitos pelo novo mandatário estadual da política paraense surtirem efeito, a oposição no parlamento poderá ficar abaixo de 10 deputados, o que permitirá tranquilidade ao novo chefe do Executivo na relação com o Legislativo.

No plano federal, o novo governador terá a seu favor a maioria dos parlamentares da bancada federal do Pará. Analisando os eleitos (levando em consideração os que estavam na coligação do então candidato do MDB e os que não estavam, mas deverão apoiar seguindo a orientação partidária) o quantitativo pode chegar a 13 parlamentares de um total de 17.

Na Câmara Alta, os três representantes do Pará (dois eleitos na coligação que elegeu Helder Barbalho e um com a metade do tempo de mandato transcorrido) apoiam o novo governador. Portanto, está claro que recursos e ações vindos de Brasília em direção ao território paraense não faltarão.

Helder foi eleito no último dia 28, dois dias depois já estava na capital federal para se reunir com a bancada do Pará, no intuito de apresentar as demandas mais emergenciais que foram levantadas por sua equipe, além de garantir o direcionamento de emendas ao orçamento para essas necessidades, sobretudo nas áreas de saúde e educação. Ainda no Plano Piloto do Planalto Central brasileiro, reuniu com o presidente Michel Temer e com alguns ministros. Helder Barbalho quer aproveitar o bom trânsito que conseguiu construir quando foi ministro de Estado para conseguir recursos ao Pará, agora na condição de governador.

No campo político “os ventos correm favoravelmente”, mas Helder sabe que o seu maior desafio será – especialmente neste primeiro ano de mandato – reorganizar a máquina estadual e colocá-la para funcionar em ritmo bem mais acelerado do que o atual (ou como vem ocorrendo nos últimos anos). O governador eleito sabe que o orçamento é apertado, altamente comprometido, o que faz sobrar pouco para investimentos, sobretudo, para o atendimento das expectativas do que foi prometido na campanha, personificado em uma palavra: “Presente”.

O novo governador sabe melhor do que ninguém que o primeiro ano de sua gestão será difícil. Senão houver uma forte política de austeridade das contas públicas; o ano seguinte, 2020, a falta de orçamento para investimentos pesará contra no cumprimento das promessas de campanha. Segundo informações no site da Secretaria de Planejamento (Seplan), a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2019, em valores brutos, alcançará pouco mais de R$ 28 bilhões; no levantamento líquido, o montante chega a R$ 25,5 bilhões. Parece muito, mas é pouco, frente as demandas do Pará, até porque quase metade do valor total líquido já está comprometido para o pagamento folha do funcionalismo público, sem contar com outras despesas com comprometem ainda mais os recursos do tesouro estadual.

Portanto, o “super governador” compreende que precisará muito de Brasília para manter o bom nível de investimento em sua gestão, evitando assim o desgaste precoce de sua imagem e de seu governo. O marketing de campanha foi perfeito, mas se a máquina não responder  na prática à altura, tornara-se a “pedra no sapato” do novo governador. Estamos assistindo isso acontecer na prática, em Parauapebas.

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