O deputado estadual Toni Cunha (PL) é delegado de carreira da Polícia Federal. Sua primeira disputa eleitoral foi na campanha municipal de 2016, quando concorreu ao cargo de vice-prefeito na chapa do atual prefeito Tião Miranda (PSD). Na ocasião, o citado havia declarado à Justiça Eleitoral um patrimônio avaliado em R$ 238 mil, montante acumulado em 11 anos atuando como delegado federal, portanto, compatível com seus rendimentos declarados.
Nesta eleição municipal, seu patrimônio declarado foi de R$ 2.991.280,00. Em oito anos de vida pública, seu crescimento patrimonial atingiu os impressionantes 1.157%. Um feito que deveria ser estudado por economistas e especialistas em finanças. Esse patrimônio é constituído por casas e apartamentos (fora do Pará), veículos de luxo, dinheiro em espécie e em poupança. Toni Cunha declarou possuir em sua posse 100 mil reais, o que já levanta questionamentos.
O referido candidato do PL está há seis anos como deputado estadual. O chamado subsídio que os parlamentares recebe atualmente em R$ 29.469,99, todavia, o líquido recebido a partir de janeiro deste ano é de 23,8 mil reais a cada 30 dias. Portanto até o final de 2024, em uma conta básica, Toni Cunha terá recebido em salários em seus seis anos no parlamento estadual pouco mais de 1,7 milhão de reais, isso sem gastar nenhum centavo nesse período, para tentar explicar seu nível de evolução patrimonial. Mesmo que não tivesse gasto nada do que recebeu em salários, ainda sim, não se consegue chegar nem perto dos valores em bens declarados à Justiça Eleitoral.
A pergunta que fica é: como o candidato a prefeito de Marabá, Toni Cunha, conseguiu, em apenas oito anos na política, fazer uma fortuna de quase R$ 3 milhões e elevando seu patrimônio em R$ 2.753.280,00? Com a palavra o próprio…
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