Olavistas x Militares – o mais novo desdobramento do modus Operandi do Bolsonarismo

Como já dito neste espaço por diversas vezes, o modelo de operação do Bolsonarismo é complexo e intermitente. Há algumas semanas o alvo do filósofo Olavo de Carvalho foi o general Augusto Heleno (antes disse já havia criticado duramente o vice-presidente Hamilton Mourão), ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Agora, o guru dos Bolsonaro, voltou a sua artilharia ao campo militar do governo, deste vez de forma sequencial: General Santos Cruz, Ministro da Secretaria de Governo, e mais recentemente ao assessor especial da GSI, general Eduardo Villas Bôas, e a este de forma bem enérgica, utilizando a doença do militar na composição de sua narrativa.

Conforme analisado diversas vezes por este blog, essa é a lógica de ação da ala bolsonarista, a de maior teor ideológico do governo, um setor que, de fato, tornou-se o mais importante, e dentro dele há o discurso olavista, seguido pelos filhos do presidente, e que serve como “ponta de lança” do bolsonarismo. A ala ideológica mira em outras áreas da gestão, e atualmente escolheu a militar (que vinha, até então, em crescimento, este silencioso, e que ganhava territórios institucionais) como alvo preferencial.

Os ataques servem para limitar o crescimento e a influência dos militares, que no início – de fato e que foi tratado neste blog em alguns artigos – parecia ser a mais forte. Mas a ala ideológica entrou no jogo, e ela só cresce com o aval do presidente, A militar é bem preparada, é técnica, tem boa formação intelectual, e por isso mesmo, representa um inimigo interno que o bolsonarismo – via olavistas – tenta minar e conter. 

Ultimamente o inimigo deixou de ser externo, personificado, por exemplo, no comunismo, na ideologia, no PT; e passou a ser interno, no governo e suas diversas alas. Por isso, Olavo produz narrativa de ataque, sendo sustentada por Carlos e Eduardo, e ainda validada pelo presidente Bolsonaro. É o modus operandi em curso e assim continuará. O Estado beligerante é a essência e dita o ritmo. Como bem diz, Carlos Andreazza: “tem método”.  

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