O ouro registrou nesta terça-feira sua maior queda em 12 anos, enquanto a prata teve o maior recuo desde fevereiro de 2021, em meio a uma ampla liquidação nos mercados após um rali de semanas que levou os metais preciosos a sucessivos recordes históricos.
O ouro à vista chegou a cair 6,3%, para US$ 4.082,03 a onça, enquanto a prata à vista recuou até 8,7%, para US$ 47,89 a onça.
A volatilidade nos metais preciosos aumentou nos últimos dias, com traders buscando se proteger contra quedas de preços em outras partes de seus portfólios ou lucrar com o recuo. Mais de 2 milhões de contratos de opções vinculados ao maior ETF de ouro do mundo foram negociados na quinta e sexta-feira da semana passada, superando um recorde anterior.
O que dizem os estrategistas da Bloomberg:
“Até agora, as participações de ouro em ETFs, em termos absolutos, não atingiram os picos do passado, e os ralis muitas vezes se estenderam por muito mais tempo. Mas a história mostra que o momento eventualmente perde força e, na maioria dos casos, as compras se transformam em vendas. Se dados atrasados eventualmente revelarem uma economia dos EUA mais robusta do que o esperado, uma correção maior do ouro pode não estar distante.” — Tatiana Darie, estrategista macro.
A prata também recuou após disparar quase 80% neste ano — com ganhos impulsionados por fatores macro semelhantes aos do ouro, além de um aperto histórico no mercado de Londres. Os preços de referência estão acima dos futuros de Nova York, o que levou traders a enviar metal para a capital britânica para aliviar a escassez. Na terça-feira, os estoques de prata em cofres vinculados à Bolsa de Futuros de Xangai tiveram a maior saída diária desde fevereiro, enquanto os estoques de Nova York também caíram.
O ouro recuava 4,9%, para US$ 4.142,15 a onça, às 11h14 em Nova York. A prata caía 6,7%, para US$ 48,92 a onça.
Por Bloomberg
Imagem: reprodução


