Parauapebas: a importância da representação política

Recentemente escrevi um artigo em que tratei sobre o cenário político em Parauapebas. Dei ênfase ao cenário de disputa eleitoral que está se construindo em torno de uma cadeira nos parlamentos estadual e federal. O título da análise foi “convergência política”, que teve como protagonista o atual secretário de Governo, Keniston Braga.

A proposta analítica teve como base a construção da candidatura do citado ao parlamento federal. Como afirmei lá, há tempos não se via, em Parauapebas, um projeto político que possibilitasse uma verdadeira convergência em torno de um nome, de um projeto, que inclui até o apoio do governador Helder Barbalho (MDB).

Parauapebas só teve em sua breve história um assento no parlamento federal. Quem sentou nele foi a ex-prefeita Bel Mesquita entre os anos de 2007 a 2011. Já no parlamento estadual, tivemos três representantes: Faisal Salmem (1999 – 2002 e 2003 – 2006); Milton Zimmer (2011 – 2014) e Gesmar Costa (2017 – 2018).

Não ter representação política na Câmara dos Deputados, tira a possibilidade de Parauapebas avançar ainda mais em pautas importantes, por exemplo, na área mineral e no desenvolvimento regional. O poderio econômico precisa está alinhado ao político, pois sendo assim, se avança, ou na ausência de representatividade, se retrocede.

Para refrescar a memória de quem está lendo este artigo, podemos citar o que aconteceu em relação ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que nos anos de 2016 e 2017 a cota-parte de Parauapebas chegou a 9,48%, o menor índice registrado. Depois de muita articulação política, aos poucos foi recuperando o índice, estando hoje em 19,43%, atualmente o maior entre todos os municípios paraenses.

Não tem como esquece a peregrinação, com direito a caravana, que o prefeito Darci Lermen (MDB) fez em 2017, em gabinetes de parlamentares em Belém e Brasília, com intuito de rever os valores recebidos tanto pela Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem), assim como, o recebimento do ICMS. Nos dois casos, se a capital do minério tivesse representação parlamentar nas capitais paraense e federal, o esforço demandado teria, com certeza, sido menor.

Por isso, em 2022, se faz mais do que necessário que Parauapebas eleja um deputado federal. O terceiro município mais rico do norte do Brasil não pode ficar sem representação política no centro do poder político brasileiro. Chega de manter o formato eleitoral de eleger candidatos paraquedistas que aterrissam por aqui a cada quatro anos levando votos sem nenhum retorno aos que aqui vivem.

Henrique Branco

Formado em Geografia, professor das redes de ensino particular e pública de Parauapebas, pós-graduado em Geografia da Amazônia e Assessoria de Comunicação. Autor de artigos e colunas em diversos jornais e sites.

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