Há tempos que se trata do futuro da extração mineral em Parauapebas. As narrativas divergem no tempo das atuais minas que estão em operação, mas há um consenso irrefutável: o fim está próximo. Dito isso, sabe-se que, em Parauapebas, não há a produção de outra matriz econômica que possa amenizar a diminuição gradativa da extração mineral.
Pensando nisso, a gestão municipal está fomentando a atividade econômica através do turismo, que reconhecidamente é um dos maiores geradores de emprego e renda ao redor do mundo. No caso de Parauapebas, a sua territorialidade é ampla e diversa: área indígena, águas termais, minas, trilhas e cavernas, ou seja, um leque de opções de fomento ao turismo.
Tudo começou de forma mais prática por conta da participação do município na WTM Latin America, que garantiu a Parauapebas, além da promoção de seus produtos e atrativos turísticos, a oportunidade de gerar negócios para fomentar essa nova matriz econômica que se desenvolve. O estande do município recebeu mais de quatro mil visitantes durante o evento, que ocorreu de 2 a 4 de abril, no Expo Center Norte, em São Paulo. Foram realizadas cerca de 350 rodadas de negócios, além de 15 grandes reuniões com operadoras de viagens, entre elas a CVC Corporativo, Manchester, Soar, Huapi, Casual Free, Schultz e Confiança. Também foram realizadas reuniões com agentes de viagens do Brasil, com destaque para a Casa dos Agentes, que possui cerca de mil agências associadas.
Não há dúvida que a atividade turística está distante do retorno financeiro que a mineração garante ao município, e nem terá essa capacidade econômica de substituí-lo. Mas o fomento desta modalidade econômica tornará o futuro de Parauapebas menos incerto, garantirá renda e emprego para milhares de pessoas (tendo como base o seu efeito multiplicador na economia), além de ser uma prática de garantia futura.
Que a gestão municipal possa fomentar outras matrizes, além do turismo, para que assim, Parauapebas possa servir de exemplo positivo de produção econômica para além da extração mineral, deixando – portanto – de ser mais um possível triste exemplo da chamada teria da “Maldição dos Recursos Naturais”. No nosso caso, ainda há futuro para além do minério.