Em pleno feriado municipal, Parauapebas acorda com uma decisão que não foi anunciada previamente, mas para os mais conhecedores de política sabem que ela poderia se tornar realidade: prefeito Aurélio Goiano (Avante) através do decreto Nº 666 (número cabalístico) instaura administrativamente SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA no município pelo prazo de 180 dias.
A justificativa do mandatário é para evitar a descontinuidade dos trabalhos por falta de pessoal nos órgãos da administração direta e indireta. E completa: “CONSIDERANDO a situação de grave desordem na gestão pública
que resultam em prejuízos significativos para o interesse público e a descontinuidade dos serviços essenciais, evidenciada nos primeiros 30 (trinta) dias de mandato. Detalhe: a contratação sem necessidade de qualquer processo seletivo.
Vale lembrar que o governo conseguiu aprovar na Câmara Municipal a majoração das assessorias especiais em 600 novas vagas de livre nomeação pelo prefeito. Fica a pergunta: essas vagas não atendem à necessidade de pessoal nas secretarias? Com o decreto de Situação de Emergência, quantas vagas sem concurso serão criadas?
Sucessivas ações que oneram a folha de pagamento causam preocupação, ainda mais sem atualização do Portal da Transparência, sem nenhuma explicação à sociedade. O prefeito Aurélio Goiano, sempre utiliza as redes sociais para se manifestar sobre fatos de sua gestão, até o momento, nenhuma citação sobre o decreto que instaura situação emergencial em Parauapebas.
A “porteira está aberta” e jogaram a chave fora. Com a palavra o Ministério Público e a Justiça.
Imagem: fotomontagem